A Expense Reduction Analysts explica o que podem as empresas fazer para controlar custos sem tocar nos recursos humanos.
No atual contexto de crise, em que muitas empresas estão a sofrer cortes no volume de negócios, o controlo de custos assume-se como uma prioridade. Contudo, este não tem sempre de passar pelo tradicional apertar do cinto que tende a resultar na redução de pessoal.
Para se manterem competitivas e terem sustentabilidade financeira, as empresas precisam antes de delinear uma estratégia de monitorização de custos para perceberem se têm de cortar ou realocar.
Neste sentido, a Expense Reduction Analysts, consultora especializada na otimização de custos e gestão de compras, sugere três principais fatores que os gestores devem considerar para fazer face aos desafios impostos pela conjuntura de forma eficaz:
#1 – Identificar áreas de criação de valor
As empresas precisam de se reinventar e adaptar, o que significa, por vezes, mudar a estratégia operacional.
Se olharmos para Portugal, verificamos que muitas empresas diversificaram os seus produtos, serviços e canais de venda (umas apostaram no fabrico de máscaras, luvas, batas e fatos isolantes, álcool gel, viseiras e ventiladores; outras desenvolveram as suas competências no e-commerce) para minimizar o prejuízo.
É importante encontrar áreas que permitam gerar maior volume de negócios, sem necessidade de grande investimento, e alocar recursos para essas áreas.
#2 – Analisar dados por mercado
Para empresas que atuem em vários mercados geográficos, há que ter em conta que nem todos continuarão a ser rentáveis. Diferentes geografias têm diferentes resultados, especialmente no panorama atual, em que muitos países continuam em confinamento.
Não é incomum a mesma empresa verificar que o mesmo tipo de negócio apresenta resultados negativos num país, enquanto no outro está em franco crescimento. Segmentar e analisar os dados granulares por mercado pode ser crucial para manter o controlo financeiro em ordem.
#3 – Agilizar a resposta
As empresas têm, cada vez mais, de ter a capacidade de dar uma resposta rápida e ágil. Já não são admitidos longos períodos de análise e deliberação, uma vez que o mercado está em constante mudança.
Os processos de tomada de decisão e de investimento devem ser agilizados, reconhecendo que existe espaço para a incerteza e estabelecendo patamares específicos, nos quais será feita uma reavaliação.
“Não existe uma estratégia que sirva a todas as empresas. Tal como um fato costurado por um alfaiate, uma estratégia de controlo financeiro é algo que deve ser pensado à medida. No entanto, não há dúvida de que são as empresas que conseguem, de forma ativa e regular, reavaliar os seus recursos e alocá-los onde podem trazer maior valor, segmentando mercados e agindo rápido, que conseguem gerar maior retorno, mesmo em tempos de crise”, explica João Costa, country manager da Expense Reduction Analysts.