11 de março de 2020 ficará para sempre na história como o dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o mundo atravessava uma pandemia. Desde então Portugal fechou-se em casa. O habitual café tomado na esplanada, as reuniões, a escola dos miúdos, os parques infantis e até as idas às urgências passaram a ser momentos passados dentro de 4 paredes.
Portugal, as famílias e os negócios reinventaram-se e há balanços a fazer de todo este percurso.
Sendo aromaterapeuta e formadora, já trabalhei com centenas de famílias com os mais diferentes hábitos, mas, invariavelmente, há sempre algo que as une: a procura por uma vida mais saudável, com menos químicos e com menos consumo de recursos.
Os números falam por si, e se Portugal está a desconfinar, será que podemos – com precaução – retomar as nossas vidas? E ainda nos lembramos dos velhos hábitos?
Analisemos o que ficou de positivo da pandemia e o que podemos e devemos considerar como ‘novo hábito’ pós-confinamento.
3 Tendências pós-confinamento que devemos manter
Teletrabalho
A sala passou a ser o escritório e o ‘habitat natural’ de muitos portugueses nos últimos meses que, viram-se abraços com uma nova realidade: ter de trabalhar em casa.
Se para muitos foi uma péssima experiência, a verdade é que também há quem tenha adorado e já não se veja a ir para o escritório diariamente, a ter de acordar muito mais cedo, ter de sacrificar tempo de qualidade no trânsito ou a mudar de transporte para conseguir chegar a horas ao escritório.
O que ficou de bom? O tempo, claro! As famílias passaram a ter mais tempo para tarefas tão simples como dar banho às crianças ou cozinhar sem ter de ser contrarrelógio.
Estudo Online
A formação online, ou e-learning, há muito que assume um papel preponderante em Portugal. Todavia, a pandemia acabou por aguçar mais esta necessidade e, ao mesmo tempo, convencer os mais sépticos de que é possível estudar à distância.
O e-learning é nada mais do que uma metodologia de ensino que recorre às potencialidades do meio digital para, transmitir conhecimento e competências sobre os mais variados temas. Gestão, finanças, matemática, idiomas, estética, saúde e bem-estar… as possibilidades são infinitas.
Em termos de vantagens e potencialidades, esta forma de ensino derruba barreiras geográficas e temporais uma vez que basta ter acesso à internet e a um computador para, na maioria dos casos, conseguir estudar à distância. Hoje estudar na Universidade de Harvard ou de Oxford é, literalmente, possível à distância de um clique.
Posso, inclusivamente, partilhar que nos últimos meses bati todos os records de alunos portugueses a residir no estrangeiro. Nunca o ensino online teve tanta adesão!
Soluções Naturais
Há uns meses ir às urgências por maleitas menores era completamente desaconselhado. As vídeo-consultas dispararam e as famílias, talvez pelo medo de ir ao hospital, ou pela necessidade de se adaptarem, voltaram a ouvir os conselhos das avós e das tias mais velhas. E a verdade é que a procura por soluções naturais para ‘maleitas menores’ como as dores de cabeça, as dores de garganta ou alergias subiram exponencialmente.
Recordo-me que em janeiro, durante a terrível vaga de Covid, tive muito mais procura de soluções naturais para as dores de garganta, por exemplo.
O balanço que faço deste despertar para soluções naturais é precisamente a reeducação e o despertar de novos hábitos, mais naturais e mais saudáveis e amigos do ambiente.
Agora que a vacinação crescente permite vislumbrar a tão desejada imunidade de grupo e, com ela ver a luz ao fundo do túnel, avaliemos o que ficou de bom toda esta experiência que passámos e que, com toda a certeza, deixou marcas nas pessoas.
Retiremos só as aprendizagens positivas para que, no presente e no futuro, possamos viver com mais tempo, ser mais saudáveis, prevenidos e felizes.
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