A diversidade etária continua a ser um desafio em muitos setores, mas é também uma oportunidade para enriquecer o ambiente de trabalho e impulsionar a inovação. Ana Correia, Human Resources & Employer Branding Lead da Zühlke, empresa prestadora de serviços tecnológicos com escritório no Porto, sublinha a importância de equipas mistas, compostas por profissionais de diferentes idades, como forma de promover a diversidade cognitiva e fortalecer a capacidade de adaptação às mudanças do mercado.
“Valorizar o que cada indivíduo pode oferecer, com base nas suas competências e na compatibilidade com a cultura organizacional, sem discriminação de qualquer tipo, é de extrema importância. A troca de conhecimentos deve ser um processo recíproco, onde não apenas os mais experientes ensinam os mais jovens, mas também os mais jovens ensinam os mais velhos. Esta abordagem fortalece a capacidade de inovação e adaptação às mudanças do mercado”, afirma Ana Correia.
Para combater a falta de diversidade etária, a responsável pelos Recursos Humanos da Zühlke propõe quatro estratégias-chave. Primeiro, promover equipas diversificadas, integrando pessoas de diferentes idades para criar um ambiente de trabalho rico em perspetivas variadas. Em segundo lugar, fomentar a mentoria de parte a parte, incentivando a partilha de conhecimentos entre gerações, o que contribui para uma aprendizagem contínua e um ambiente mais colaborativo.
A terceira estratégia envolve a implementação de políticas de flexibilidade e bem-estar, reconhecendo que trabalhadores de diferentes idades têm necessidades distintas. Políticas de trabalho flexível e iniciativas de bem-estar são essenciais para equilibrar responsabilidades pessoais e profissionais, reforçando a inclusão. Finalmente, criar programas de desenvolvimento de carreira intergeracionais é crucial para reconhecer e apoiar as aspirações de todos os colaboradores, independentemente da idade, promovendo um ambiente de motivação e crescimento profissional.
Ana Correia destaca que a diversidade etária não é apenas uma questão de equidade, mas uma vantagem estratégica que fortalece a resiliência organizacional e melhora a tomada de decisões. Ao adotar estas estratégias, as empresas beneficiam de uma riqueza de conhecimentos e experiências variadas, criando um ambiente de trabalho onde todos se sentem valorizados e motivados.