Um estudo da APAJO mostra que 41% dos jogadores de apostas online em Portugal utilizam plataformas ilegais, muitas vezes sem o saber. A segurança, flexibilidade e evolução dos produtos licenciados são apontados como chaves para combater este problema.
A Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO) revelou que 41% dos jogadores online em Portugal apostam em plataformas ilegais, segundo o seu estudo anual. Este dado é preocupante, especialmente porque muitos destes jogadores não estão conscientes de que estão a utilizar serviços não licenciados. Apesar de 90% dos inquiridos saberem que é necessária uma licença para operar em Portugal, quatro operadores ilegais estão entre as 15 plataformas mais utilizadas no país.
A falta de consciência sobre o estatuto das plataformas, aliada a incentivos como bónus elevados e maior oferta de jogos, está a alimentar o crescimento do jogo ilegal. Apenas 37,7% dos que jogam em plataformas não licenciadas admitem fazê-lo conscientemente, enquanto a maioria desconhece a situação ou nega jogar em sites ilegais.
Ricardo Domingues, Presidente da APAJO, alerta para os riscos que estas plataformas representam para os jogadores, desde a perda de saldos e dados pessoais até comportamentos predatórios dirigidos a públicos vulneráveis. Além disso, o jogo ilegal gera perdas significativas para o Estado, com receitas fiscais não arrecadadas que ultrapassam os 100 milhões de euros.
A preferência por plataformas ilegais é motivada por bónus e odds mais altos, mas os jogadores reconhecem as vantagens dos operadores licenciados, como a segurança e o melhor apoio ao cliente. Para combater o jogo ilegal, a APAJO defende a evolução dos produtos licenciados e a imposição de restrições à promoção de operadores ilegais nas redes sociais e nos media portugueses.
O estudo também revela que 77,6% dos jogadores que utilizam apenas operadores licenciados gastam até 50€ por mês. Por outro lado, jogadores que utilizam plataformas ilegais tendem a gastar mais. A APAJO tem intensificado as ações contra o jogo ilegal, incluindo queixas-crime contra influencers que promovem estas plataformas.