Decorrente das mudanças trazidas pela pandemia, o trabalho remoto ganhou terreno na vida profissional. Este método, que evoluiu para o chamado Smart Working, permite maior flexibilidade e equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, e permitiu o crescimento do número de nómadas digitais.
Normalmente freelancers, empreendedores ou profissionais de empresas com flexibilidade de teletrabalho, os nómadas digitais são pessoas que trabalham e vivem em qualquer lugar do mundo – um conceito já habitual na área tecnológica, mas que se intensificou.
De acordo com o Digital Nomad Survey, cerca de 22% dos nómadas digitais são programadores e estão espalhados por todo o globo. Para os leitores do Empreendedor, Catarina Costa, da Ironhack, deixa alguns conselhos para quem quer experimentar o nomadismo digital, na área tecnológica.
“um percurso profissional não tem de ser feito dentro das quatro paredes de um escritório”
“Na Ironhack, temos como missão mostrar às pessoas que um percurso profissional na área da tecnologia não tem de ser feito dentro das quatro paredes de um escritório, pode ser conseguido na estrada (ou até na praia), enquanto Nómada Digital”, afirma Catarina Costa, responsável pelo campus da Ironhack Portugal.
“Uma carreira na área da tecnologia pode ser divertida, estimulante, desafiante e gratificante, e permite que os profissionais fujam da sua zona de conforto, unindo o trabalho às viagens para criar uma vida que amam. A nossa sociedade conta com cada vez mais pessoas que se mudaram para o estrangeiro para prosseguirem as suas carreiras de sonho”, sublinha Catarina Costa.
No entanto, nem tudo é fácil, e pode ser desafiante manter o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, bem como lidar com questões financeiras, pessoais e de saúde. Catarina Costa aponta cinco dicas para ajudar qualquer pessoa a entrar no nomadismo digital:
1 | Criar um plano financeiro
Como nómada digital é importante ter um orçamento claro e realista incluindo despesas com viagem, alojamento, alimentação e outros gastos. “É aconselhável economizar e ter reservas financeiras antes de começar esta jornada da vida. Em qualquer altura poderá aparecer uma despesa inesperada e é útil ter já um plano para a resolver”, explica.
2 | Estabelecer uma rotina
“Embora a vida de nómada digital possa ser muito entusiasmante, dinâmica e um tanto imprevisível, é importante estabelecer uma rotina de maneira a manter a produtividade e a saúde mental”. A responsável da Ironhack recomenda uma gestão do tempo, dividido de forma equilibrada entre trabalho, descanso e atividades de lazer. Criar uma lista de tarefas diárias, estabelecer prazos de finalização do trabalho e não esquecer os momentos de descanso são sugestões para ter um dia mais produtivo.
3 | Fazer networking
Conhecer outros nómadas digitais e entrar em grupos online ou presenciais de pessoas com interesses similares pode ajudar a encontrar novos amigos, parceiros de negócios e até mesmo oportunidades de trabalho. “Estar rodeado de pessoas semelhantes e com quem se possa partilhar vivências pode dar o apoio e incentivo tão necessário durante esta aventura”.
4 | Cuidar da saúde física e mental
Com a liberdade de viajar e explorar novos lugares, é fácil negligenciar a saúde. Desta forma, “é importante adotar alguns métodos para priorizar o autocuidado, como fazer exercício regularmente, ter uma dieta equilibrada ou descansar as horas necessárias”, acrescenta Catarina Costa.
5 | Otimizar competências regularmente
Trabalhar no mundo tecnológico requer aprendizagem recorrente, uma vez que este setor está em constante transformação. “É importante realizar cursos sobre as várias áreas tecnológicas, como por exemplo bootcamps intensivos, de forma a melhorar soft skills e hard skills, sendo a junção destas duas dimensões essencial para a progressão profissional”, sugere.
A Ironhack é uma escola tecnológica que chegou a Portugal em 2019. Focada em preparar a próxima geração de criadores digitais, disponibiliza cursos intensivos em Web Development, UX/UI Design, Data Analytics e Cibersecurity. Neste momento, estão abertas candidaturas para os bootcamps em formato remoto, a tempo inteiro ou em pós-laboral, aconselhados a nómadas digitais que procuram investir na sua educação.
Os candidatos devem apenas ter mais de 18 anos, possuir conhecimentos intermédios de inglês e realizarem um teste de admissão e uma entrevista pessoal, durante a sua candidatura, para assegurarem o match entre aluno e escola. As turmas de pós-laboral irão começar as aulas dia 21 de março e as turmas de full-time a dia 27 do mesmo mês. As candidaturas podem ser feitas até ao dia 13 de março.
