A importância cada vez maior das alterações climáticas tem levado as organizações a colocarem a sustentabilidade e as preocupações com ESG (Environmental, Social e Corporate Governance) no centro da agenda.
Neste âmbito e em linha com o Green Deal sugerido pela Comissão Europeia para tornar a Europa o primeiro continente neutro em carbono até 2050, as empresas ambicionam cada vez mais reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE).
Para atingir esse objetivo, as empresas terão de adotar várias ações que permitam reduzir drasticamente as emissões de gases com efeito de estufa e ter um crescimento associado à utilização de recursos não poluentes.
Essa foi a meta que desde sempre tem orientado a Cash Converters. Neste artigo, a multinacional, líder em economia circular, destaca a importância de adotar medidas urgentes para atingir os objetivos ambientais da União Europeia até 2050 e sugere cinco recomendações que podem ajudar os leitores do Empreendedor a implementar a neutralidade carbónica nas suas empresas.
#1 – Medir a pegada carbónica
A atividade das empresas e organizações pode ter um impacto ambiental bastante negativo. Assim, antes de mais, as empresas devem estar conscientes sobre qual é a sua pegada carbónica para que possam desenvolver um plano estratégico tendo em vista a redução da mesma.
Existem diferentes formas de calcular a pegada carbónica das empresas, nomeadamente, através de calculadoras online como a CoolClimate Network e a Nature Conservancy ou através de empresas de auditoria ou consultoria que se dedicam cada vez mais a estes cálculos, visto que as emissões de carbono são consideradas pelos investidores como um fator de risco.
#2 – Apostar e desenvolver a economia circular
A circularidade e sustentabilidade são conceitos que devem ser tidos em conta em todas as etapas da cadeia de valor, desde o design do produto até ao consumidor. Assim, para que seja possível atingir uma economia totalmente circular, as empresas devem gradualmente apostar em produtos e matérias-primas provenientes de fontes sustentáveis, de forma a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa resultantes da produção de novos produtos e matérias-primas.
#3 – Compensar as emissões
Ainda que muitas empresas ambicionem atingir o ponto zero de carbono, determinadas emissões da sua atuação são inevitáveis. Compensar estas emissões deverá ser o primeiro passo para atingir a neutralidade carbónica. Uma forma de proceder a essa compensação passa por procurar parceiros com projetos dedicados a soluções ecológicas.
Atualmente existem várias opções como iniciativas que apoiam o desenvolvimento da energia renovável, plantação ou proteção de florestas ou até projetos que permitem a substituição de fogões e aquecedores a lenha ou a combustíveis fósseis por opções mais ecológicas. Todavia tenha em conta que é importante selecionar um parceiro de projeto credível para cada negócio.
#4 – Gestão e separação de resíduos
A União Europeia gera mais de 2,5 mil milhões de toneladas de resíduos por ano. Assim, para alcançar a neutralidade carbónica, as empresas devem investir na reciclagem para que os seus os resíduos se afastem o mais possível de aterros e locais semelhantes, onde os níveis de gases com efeito de estufa são bastante elevados.
A promoção da literacia ambiental e de noções como a de reciclagem e separação de resíduos junto de todos os colaboradores podem também ser um importante contributo das empresas neste sentido.
#5 – Inverter a dependência energética
Apesar de a energia ser vital em todas as economias, é imperativo que as empresas invertam a sua dependência energética com a aposta em fontes de energias renováveis, como a eólica, solar ou hídrica, eliminando a importação de eletricidade. Isto implica deixar de depender de energias não renováveis e de combustíveis fósseis e da disponibilidade e flutuação do preço dos mesmos.
Neste sentido, uma das soluções pode ser o investimento na instalação de painéis solares, já que esta é uma fonte de eletricidade mais eficiente e limpa e é também gratuita, direta e inesgotável. Os excedentes deste tipo de energia podem ainda ser vendidos a outras empresas e assim gerar lucro. Por outro lado, caso as empresas não invistam na instalação de painéis solares ou placas fotovoltaicas, podem comprar este tipo de energia a outras empresas ou a cooperativas de energias renováveis.
Promover a reutilização de bens ou equipamentos é o conceito que está na origem da Cash Converters, a única rede mundial de lojas especializadas na venda e compra de bens em segunda mão. Fundada em 1984, esta multinacional de origem australiana consolidou a sua posição no sector com mais de 700 lojas em todo o mundo. Presente em Portugal desde 2003, a empresa já conta com – 5 lojas em Lisboa e uma no Porto-, e é hoje o líder no sector de segunda mão no país.