Setores da indústria transformadora e imobiliário destacam-se como os mais vulneráveis, com falhas graves na proteção de dados e encriptação.
Um novo relatório do Cybernews Business Digital Index revela que a maioria das empresas do S&P 500 apresenta níveis alarmantes de fragilidade cibernética. Apenas 6% das organizações analisadas obtiveram uma classificação de excelência, enquanto 89% foram avaliadas com um desempenho insuficiente, com 49% das empresas a receber nota D e 40% a ser classificadas com F.
O estudo analisou 485 empresas, considerando fatores como a segurança das aplicações web, a reputação dos sistemas e o histórico de fugas de informação. As conclusões demonstram que o setor da indústria transformadora e o mercado imobiliário estão entre os mais vulneráveis, enquanto a área das tecnologias de informação apresenta o maior número de empresas com uma classificação de excelência, embora continue a registar falhas significativas.
A análise destaca problemas críticos em segurança dos dados, configuração de encriptação SSL e alojamento de sistemas, identificando um risco sistémico nas infraestruturas digitais das grandes corporações. Cerca de 96% das empresas analisadas já foram alvo de fugas de informação, enquanto 98% apresentam falhas na encriptação dos dados, revelando padrões de segurança abaixo do esperado. Além disso, 88,5% das organizações registam problemas de alojamento de sistemas, sendo a indústria farmacêutica e da saúde a mais afetada.
O estudo indica ainda que o setor da indústria transformadora é um dos mais expostos, com 97,8% das empresas a registar incidentes de segurança e 100% a apresentar falhas na configuração SSL. Por outro lado, a área do imobiliário e desenvolvimento surge como a menos afetada em questões de vulnerabilidades críticas, mas mantém fragilidades significativas.