Juntar a Junta – Uma aplicação para conectar autarcas e cidadãos

Juntar a Junta é uma plataforma que atua como uma rede social ligando os cidadãos aos seus representes no poder local. O objetivo é contribuir para mudar a forma como as pessoas olham para o espaço público.

“Acreditamos que se dermos o poder – e a responsabilidade – de todos os cidadãos poderem sinalizar problemas e sugestões, as áreas públicas tornam-se mais seguras, com melhor manutenção e comunidades mais fortes” diz Miguel Novais, um dos criadores do projeto Juntar a Junta.

A ideia dos promotores do projeto é utilizar a tecnologia para aproximar eleitos e eleitores, e a proximidade das Eleições Autárquicas abre a oportunidade para que as juntas de freguesia recorrerem a esta ferramenta para melhorarem o contacto com os munícipes. ‘Acreditamos que conseguimos fazer isto utilizando a tecnologia e, por isso, criámos esta aplicação móvel para ser utilizada por todos’, sublinha Miguel Novais.

‘O dever cívico de qualquer cidadão não se resume a um voto de 4 em 4 anos, por isso, falámos com representantes de juntas de freguesia e percebemos que os seus líderes queriam chegar às pessoas, queriam ouvi-las! Construímos toda a ideia com base nisso’ explica Miguel Novais. A tecnologia surgiu como o aliado perfeito para o projeto, explica.

‘Passa o máximo de tempo possível fora do escritório…nNa rua, é lá que as pessoas estão’

Juntar a Junta é uma aplicação móvel que facilita a acessibilidade, enquanto a funcionalidade – muito próxima das redes sociais – simplifica o processo de tirar a fotografia ao buraco na estrada, à árvore caída ou à lâmpada fundida do candeeiro, acrescentando um comentário sugerindo uma solução. ‘Queremos que a relação dos cidadãos com a junta seja mais contínua e que envolva os cidadãos nas tomadas de decisão da junta de freguesia. Daí o nome Juntar a Junta‘, justifica Miguel Novais.

O projeto envolve três empreendedores: Miguel Novais, Ricardo Carvalho e Jorge Saraiva, que têm a seu cargo o desenvolvimento web, a prospeção e desenvolvimento do negócio. ‘Mas os melhores conselhos vieram das próprias juntas de freguesia que, sobretudo nas áreas mais populosas têm uma necessidade enorme de ter uma comunicação direta com os seus cidadãos’, afirma Miguel Novais.

nO projeto está ainda na fase inicial, mas são já uma dezena de juntas de freguesia que aderiram à aplicação. ‘O nosso objetivo é disponibilizá-la em todas as freguesias do território nacional, e desde 31 de Janeiro que não têm parado de chegar pedidos de informação através da campanha de email que realizámos, e através do site’ diz Miguel. ‘Acreditamos que haverá mais líderes de juntas de freguesia a adotar a Juntar a Junta como um meio para chegar aos seus cidadãos’.

Mas o interesse pela aplicação não se resume apenas aos autarcas ‘estamos a ter também um número crescente de cidadãos interessados em ter a aplicação na sua junta de freguesia, o que também é um indicativo que há vontade por parte destes para comunicar e ter uma participação ativa na sua comunidade’, sublinha.

Apesar de tudo, não é um processo fácil. Também há resistência à tecnologia e o receio de que as pessoas acabem por não a utilizar, adianta Miguel Novais. ‘Apesar das aplicações e do desenvolvimento web já terem uns anos, ainda é necessária uma desmistificação junto dos responsáveis pela aquisição deste tipo de produtos. Outro obstáculo que encontramos foi o receio que as pessoas não venham a usar a aplicação. Por isso mesmo, estamos disponíveis para ajudar na promoção e divulgação da aplicação nas freguesias’.

Para este ano o objetivo da equipa é chegar a 35 freguesias por mês e ter uma presença significativa, espalhada por todo o território nacional. ‘A equipa está espalhada pelo território nacional porque é mais fácil reunir e acompanhar o processo de implementação junto de cada Junta de Freguesia’. Essa é, aliás a aprendizagem inspiradora que Miguel Novais retira para outros empreendedores: ‘Passa o máximo de tempo possível junto das pessoas para quem queres entregar um produto com valor, fora do escritório, na rua, é lá que as pessoas estão’.

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