A pensar na exportação? Descubra como o coaching o pode ajudar

O coaching de negócios é o processo adequado para ajudar empresários nos desafios da exportação

A Globalização tem proporcionado a possibilidade de as empresas operarem em vários mercados e conquistarem novos clientes. Desde 2011 que as exportações portuguesas têm assumido uma importância acrescida para Portugal, quer pelo abrandamento da procura interna, como pelas restrições orçamentais do programa de assistência financeira.

Como podemos observar no Boletim Económico de Maio de 2016 publicado pelo Banco de Portugal, as exportações foram o principal fator de crescimento económico da economia portuguesa, tendo dessa forma compensado a redução do consumo e do investimento.

Essa mudança tem colocado empresários e equipas perante novos desafios nas operações das empresas, de compreenderem os perfis dos novos clientes e de conquistarem quotas de mercado noutros países.

Devido à grande complexidade envolvida, esses desafios devem ser preparados, de forma a mitigar os riscos envolvidos, emergindo o coaching de negócios como um processo de apoio às estratégias de internacionalização das empresas.

Por outras palavras, antes de efetuar vendas ao exterior é importante que empresários e equipas reflitam e visualizem os impactos dessas mudanças ao nível da cultura da empresa e da necessidade de criação de um novo posicionamento no mercado global.

Como é que o coaching de negócios contribui para as exportações?

São cada vez mais as empresas que investem no coaching como processo de desenvolvimento pessoal e fator de diferenciação dos seus ativos humanos. Quando empresários e equipas são desafiados, numa sessão de coaching de negócios, a promoverem uma reflexão sobre objetivos relacionados com a internacionalização, alianças e parcerias estratégias, para depois construírem um plano de ação que lhes permita concretizar esses objetivos e tornarem-se mais nas pessoas ou nas equipas que ambicionam ser. O resultado passa pelo aumento de competitividade e produtividade que constitui o diferencial num processo de internacionalização.

Envolvidas num mercado como o português, com todos os constrangimentos e oportunidades que isso significa, torna-se impreterível que empresários e equipas encontrem novas ferramentas para competirem à escala global e encontrem na internacionalização uma opção estratégica a considerar.

Neste contexto, o coaching de negócios permite que empresários e equipas tenham consciência dos seus recursos e melhorem o desempenho, a produtividade e os resultados das empresas.

Estes são alguns exemplos de ferramentas de coaching de negócios utilizadas numa sessão com um empresário de uma empresa tecnológica cujo objetivo é o de conseguir um parceiro internacional para a comercialização dos seus serviços no mercado Brasileiro, no prazo de 3 meses:

  • O que o move a querer essa parceria?
  • O que significa este objetivo para si?
  • O que é que isso tem de importante?
  • O que poderá realizar ao atingi-lo?
  • O que ganha com esse objetivo?
  • O que é que este objetivo lhe traz?
  • O que é que este objetivo fará de si?
  • Em que é que esse objetivo o tornará?
  • O que é que este objetivo lhe permitirá fazer?
  • Para quê este objetivo?
  • O que é que o inspira neste objetivo?

Depois, através da ‘Roda da Parceria’ o empresário desenha uma roda com os valores identificados através das respostas às perguntas colocadas anteriormente e atribui-lhes valores entre 0-10 no momento presente e no futuro (3 meses).

Por fim, o plano de ação da parceria é elaborado pelo empresário. Designado por ‘Terra de Vera Cruz’, define a listagem dos passos para concretizar o objetivo.

Na revista Portugal Global (número 90, de Setembro de 2016) publicada pela AICEP Portugal, João Manuel Santos, Mestre em Economia Internacional, Técnico da AICEP refere que ‘a economia portuguesa tem assistido a alterações importantes, como sejam o aumento da abertura comercial ao exterior e a mudança do padrão de especialização sectorial em direção a áreas mais expostas à concorrência internacional, nomeadamente de alguns sectores da indústria transformadora e do agrícola.’

Estas transformações assumem ‘…um papel importante, uma vez que a vertente exportadora tem sido o principal fator de crescimento positivo do país e a base de um dos aspetos mais visíveis da evolução estrutural da nossa economia.’ Para o futuro próximo, perspetiva-se ‘…um aumento do crescimento do comércio mundial entre 2016 e 2018…’, sendo fundamental que empresários e equipas se preparem para satisfazer esse incremento da procura, sublinha João Manuel Santos.

Acredito que o coaching de negócios é o processo adequado para ajudar empresários e equipas a explorarem os desafios da internacionalização com foco nas exportações das empresas porque lhes permite desenvolver um plano de ação em que mapeiam os passos desse processo ao longo do tempo.

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