O que cada geração espera do trabalho

Reunião de trabalho com várias gerações
Imagem de rawpixel por Pixabay

Chegámos a um ponto em que os nossos colegas de trabalho podem ter a mesma idade que os nosso filhos, ou que os nossos pais… Dependendo da perspetiva. E se já nos jantares de família nem sempre é fácil conseguir que as opiniões sejam concordantes, em ambiente de trabalho pode ser ainda mais complicado. Mas porquê? O que difere da geração dos baby boomers e da geração X, para os millennials no que respeita ao trabalho?

A resposta está no que cada geração espera do emprego e na forma como percecionam o trabalho das outras gerações.  

Os mais velhos, baby boomers e geração X, procuram segurança, estabilidade e um salário certo. Investiram tempo e muito esforço na carreira para poderem chegar a casa, ter uma mesa composta onde se sentam para jantar com a família e, em altura de tal, querem poder aproveitar bem as férias.

Os mais novos, millennials, procuram flexibilidade, inovação e possibilidade de crescimento. Querem que a vida laboral esteja em equilíbrio com a pessoal, não tornando o trabalho prioridade máxima – mas não lhe retirando importância. Esta geração chega a preferir salários mais baixos se isto corresponder a menos horas de trabalho e, por isso, maior disponibilidade para compromissos sociais. Querem ainda sentir que fazem a diferença e que existe um propósito para o trabalho que desenvolvem.

Estas diferenças dão espaço para julgamentos rápidos por parte de uns, e de outros. Os baby boomers vêem os mais novos como inconstantes, desatentos e até gananciosos porque parecem não se contentar com nada. Os mais novos vêem as gerações anteriores como muito dedicadas ao trabalho, mas facilmente satisfeitas com isso e sem necessidade de aproveitar a vida para lá do emprego.

O que difere da geração dos baby boomers e da geração X, para os millennials no que respeita ao trabalho?

Para além disso, as diferentes gerações esperam também coisas diferentes dos líderes. Enquanto os baby boomers e geração X percecionam a hierarquização como necessária, preferem a comunicação presencial e esperam orientação dos seus superiores; os millennials não pensam tanto no sistema de pirâmide organizacional e procuram inspiração, espaço para troca de ideias e estão habituados a ter diversos meios para comunicar.

Daqui resulta um problema para todos os trabalhadores: ficarem indiferentes à aprendizagem que podiam trocar entre si. Os mais novos poderiam desfrutar da sabedoria que advém da experiência dos baby boomers e geração X. Enquanto os millennials, que chegam carregados de novidades a cada dia são a melhor fonte de inovação para os mais velhos. As diferenças geracionais existem, é normal que causem algum desconforto mas deve, delas, ser tirado o melhor proveito!

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