O Solar Orbiter, um novo satélite de observação solar desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA) com a colaboração da Critical Software, irá ser lançado para o Espaço em fevereiro. A empresa especializada no desenvolvimento de soluções e serviços de engenharia para o suporte a sistemas críticos está envolvida neste projeto desde o seu arranque, em 2013.
O mais recente instrumento de observação solar vai aproximar-se do Sol para estudar a criação e controlo dos campos magnéticos à volta da estrela, um tema sobre o qual ainda não existe muita informação, e para tirar as primeiras fotografias dos polos solares.
A multinacional tecnológica desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento dos vários sistemas de software como, por exemplo, o sistema central de comando e controlo, a análise e avaliação de requisitos, o sistema de deteção, isolamento e recuperação de falhas, ou o software de gestão de comportamento térmico.
Esta será uma das missões mais duras para um satélite de exploração Espacial. A cada cinco meses, o Solar Orbiter estará mais próximo do Sol do que Mercúrio – a cerca de 40 milhões de quilómetros – e haverá períodos de dois meses e meio em que a equipa não terá qualquer comunicação com o satélite.
O sistema de controlo de órbita e atitude, também ele certificado pela Critical Software, terá uma função fulcral no desempenho do satélite, visto que basta um pequeno desvio de um grau na inclinação do satélite para que este se incendeie.
“Trouxemos os mais de 20 anos de experiência na indústria Espacial para este projeto. Ainda que seja o primeiro satélite de observação a aproximar-se tanto do Sol, estamos confiantes que a ESA vai conseguir recolher informação importante para compreendermos melhor como funciona esta estrela”, afirma Ricardo Armas, responsável da área Espacial da Critical Software.
A Critical Software trabalha com sistemas críticos para a indústria Espacial desde a sua fundação, em 1998, altura em que a equipa fechou um projeto com a NASA. Desde então, já participou em mais de 20 missões espaciais.
Além da indústria aeroespacial, a empresa desenvolve também soluções de software para clientes internacionais em setores como energia, defesa, finanças, telecomunicações e transportes. Em 2018, a Critical Software duplicou a sua dimensão, crescendo para mais de 800 colaboradores nos seus escritórios em Portugal, Reino Unido e na Alemanha.