Portugal é o segundo país com mais vítimas de phishing

O Brasil lidera a tabela dos países com maior número de vítimas afetadas por este tipo de cibercrime

Imagem de Pete Linforth por Pixabay

O ano de 2020 foi marcado pela pandemia e, consequentemente, pela transição massiva para o teletrabalho e comunicações online. Tudo isto se refletiu nas estatísticas de ataques por spam e phishing em todo o mundo. Segundo a Kaspersky, Portugal foi um dos países que mais sofreu com este tipo de ciberataque, aparecendo em segundo lugar no top dos 10 países com mais vítimas de phishing, a nível global.

Segundo o mais recente relatório da Kaspersky, em 2020 foram identificados cerca de 430 milhões de tentativas de ataques de phishing, sendo que o Brasil voltou a liderar a tabela dos países com maior número de vítimas afetadas (19,94%), logo seguido de Portugal, que se apresenta em segundo lugar com 19,73% do total de ataques, a nível mundial. Contudo, os indicadores de ambos os países baixaram, relativamente ao ano de 2019. Neste período, o Brasil apresentava mais 10 pontos percentuais e Portugal mais 6.

O relatório, realizado pela empresa especializada em cibersegurança, mostra ainda que a França – que não aparecia no top 10 desde 2015 – atingiu o terceiro lugar (17,90%) e que a Venezuela, o país líder em 2019 (e que liderou também o ranking nos dois primeiros trimestres de 2020), caiu para oitavo lugar.

O Top 10 do phishing

Esta é a lista dos 10 países mais afetados por ataques de phishing:

  1. Brasil: 19,94%;
  2. Portugal: 19,73%;
  3. França: 17,90%;
  4. Tunísia: 17,62%;
  5. Guiana Francesa: 17,60%;
  6. Catar: 17,35%;
  7. Camarões: 17,32%;
  8. Venezuela: 16,84%;
  9. Nepal: 16,72%;
  10. Austrália: 16,59%.
Foto: A geografia dos ataques de phishing, 2020 (fonte Kaspersky)

Com a pandemia, os cibercriminosos utilizaram o tema COVID-19 como isco para difundir os seus ataques e, segundo os especialistas da Kaspersky, esta tendência irá permanecer em 2021. Este ano, podemos ainda esperar um aumento dos ataques contra o setor empresarial, devido à realidade cada vez mais premente do teletrabalho. Da mesma forma, os utilizadores de aplicações e sistemas de mensagens devem permanecer atentos, pois é provável que a quantidade de spam e phishing direcionada a dispositivos móveis também aumente.

Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay

Como proteger-se do phishing

Para evitar este tipo de ataques, a Kaspersky aconselha a:

  • Não abrir quaisquer ficheiros ou anexos suspeitos, recebidos de fontes desconhecidas. Verifique sempre o formato do URL e a ortografia do nome da empresa, antes de descarregar algo. Os websites falsos podem ser muito semelhantes aos verdadeiros, mas haverá sempre algumas anomalias que o irão ajudar a detetar a diferença;
  • Não descarregar e/ou instalar aplicações a partir de fontes não confiáveis;
  • Não clicar em links recebidos de fontes desconhecidas e/ou anúncios online suspeitos;
  • Criar palavras-passe fortes e únicas, incluindo uma mistura de letras minúsculas e maiúsculas, números e pontuação, e permitir a autenticação de dois fatores;
  • Instalar sempre as atualizações. Algumas delas podem conter correções para questões críticas de segurança;
  • Ignorar mensagens que peçam a desativação de sistemas de segurança para software de escritório ou software antivírus;
  • Utilizar uma solução de segurança adequada ao seu sistema e dispositivos.

A Kaspersky é uma multinacional de cibersegurança fundada em 1997. Atualmente, conta com mais de 400 milhões de utilizadores protegidos pelas tecnologias da empresa e cerca de 250.000 clientes corporativos.

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