Mercado Imobiliário: Diminui número de imóveis para venda

Foto de Towfiqu barbhuiya em Unsplash

No primeiro quadrimestre do ano, o mercado imobiliário deu sinais de escassez de imóveis para venda, em especial nas grandes cidades, demonstrando sinais de abrandamento da oferta de cerca de 6%, face ao final de 2021, o que pode provocar uma escalada de preços a curto prazo, especialmente nas grandes cidades, segundo a análise realizada pela Imovendo.

No passado mês de abril havia cerca de 135 mil imóveis disponíveis para venda contra 150 mil anunciados no final de 2021. A maior queda de inventário deu-se nos apartamentos, sendo que a oferta de moradias se manteve relativamente estável durante os primeiros 4 meses do ano.

Os valores avançados pela imobiliária digital mostram que a maioria dos negócios se situa nas áreas das grandes cidades, especialmente na grande Lisboa, e que há cada vez menos apartamentos à venda, usados ou novos.

Já do lado das vendas de imóveis, o ritmo de negócios é semelhante ao de 2021 tendo sido vendidos mais de 38 mil imóveis no primeiro trimestre do ano de 2022 e cerca de 13 mil em abril de 2022, ou seja, a procura continua ativa, apesar da subida de preços e das novas condicionantes aos empréstimos habitação.

 “Ainda existe muita incerteza quanto a uma subida das taxas de juro, que a acontecer terá de ser ou em julho e/ou em setembro de 2022 meses em que a comissão executiva do BCE se reúne com os governadores dos bancos centrais da zona euro, mas estima-se que esse aumento se possa situar nos 25pontos base, caso o mesmo ocorra.” Explica Nélio Leão, CEO da Imovendo. “Embora a taxa de inflação registada seja já 4 vezes superior ao estimado no ano anterior, um aumento das taxas de juro pode levar a zona euro para uma recessão que não é desejada” termina

As expectativas relativamente à compra e venda de imóveis no mercado, para o primeiro semestre apontam para a estabilização face ao último semestre de 2021, tanto nas zonas de Lisboa e Porto como fora destas duas grandes áreas metropolitanas.  

“É expetável que esta incerteza, a guerra na Ucrânia e o ressurgimento de uma nova vaga de Covid, afete a confiança dos consumidores e que se verifique um abrandamento no mercado imobiliário, embora tenha sido um mercado bastante resiliente durante os últimos 2 anos.” Refere ainda Nélio Leão.

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