Salário elevado não basta para recrutar bons profissionais

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Um estudo global junto de 4.206 profissionais oriundos de 75 países demonstra que equilíbrio entre vida profissional e pessoal está em paridade com salário quando se procura novo emprego.

Os resultados de o estudo do CEMS – a Aliança global de mais de 30 Universidades e Escolas de Gestão, entre as melhores do mundo, da qual a Nova SBE é membro –, que envolveu 4.206 profissionais de todo o mundo, revela que um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal é avaliado em paridade com o salário como principal critério quando se procura novas funções.

Embora os dois critérios tenham tido a mesma classificação na amostra total, os profissionais com mais de 35 anos classificaram o equilíbrio entre vida profissional e pessoal acima do salário. Para os recém graduados e profissionais mais jovens o salário é compreensivelmente ainda um fator importante.

“Salário não é determinante, gerar impacto numa função é mais importante”

Uma progressão rápida na carreira e a oportunidade de gerar impacto numa fase inicial foram classificadas como o terceiro e quarto critérios-chave que influenciam as decisões de todos os profissionais ao se candidatarem a um emprego.

A oportunidade de viajar pelo mundo apareceu entre os cinco principais critérios para os entrevistados mais jovens (dos 19 aos 25), mas ficou muito abaixo na lista para outras faixas etárias, que deram primazia a uma liderança inspiradora.

Nicole de Fontaines, Diretora Executiva da CEMS, refere que: “o nosso estudo revela que, para profissionais de todo o mundo, embora o salário seja sempre um fator importante, não é determinante. Alcançar um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e ter a oportunidade de gerar impacto numa função é mais importante do que nunca, para colaboradores de todas as idades.”

“À medida que regressamos ao escritório, e num momento em que atrair e reter os melhores talentos está no topo da agenda, é importante que as organizações ouçam atentamente o que os profissionais mais desejam e ajam de acordo com isso. Dessa forma, eles podem atrair os funcionários mais talentosos, beneficiarem-se da ambição das suas pessoas, incentivar a inovação e, por fim, obter uma vantagem competitiva em tempos incertos,” refere a responsável da CEMS.

“No que diz respeito aos profissionais em início de carreira, tal significa oferecer oportunidades para trabalharem em projetos que geram impacto global real, ao mesmo tempo em que se reconhece a sua necessidade de ter uma vida para além do trabalho. Na CEMS, vemos isso em ação através dos nossos parceiros corporativos com visão de futuro, que reconhecem o benefício de trabalhar com jovens em projetos de negócios globais impactantes, para garantir que estejam o mais preparados possível quando chegarem ao local de trabalho”, acrescenta.

No geral, 21% dos entrevistados referiram o Equilíbrio entre Vida Pessoal e Profissional e Salário quando questionados sobre seus três principais critérios na procura por uma nova função dentro da sua própria empresa ou noutra.

20% dos entrevistados com menos de 35 anos mencionaram salário em comparação com 19% de equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Já 22% dos entrevistados com mais de 35 anos mencionaram equilíbrio entre vida profissional e pessoal em comparação com 19% de salário.

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Resultados de Portugal

A CEMS realizou este estudo no outono de 2021 junto de  4.206 dos seus alumni distribuídos por 75 países ao redor do mundo, a maioria em cargos de gestão sénior. Em Portugal responderam 291 inquiridos que afirmaram viver em Portugal, estudar na Nova SBE, ou que se identificaram como portugueses.

Quando interrogados quais os três principais critérios que mais influenciariam a sua decisão de assumir uma nova função (na sua empresa atual ou noutra) o Salário (incluindo bónus) foi o mais referido – 24% nomearam este critério no seu top 3.

Bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal e trabalho flexível, foi referido por 23% dos inquiridos, enquanto as Oportunidades para progressão rápida na carreira (16%), Oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial (8%) e Liderança inspiradora (7%) obtiveram menos referencias no top 3 das escolhas prioritárias de uma oferta de emprego.

Comparando com os resultados globais (4,206 inquiridos em 75 países), como referido acima, o Salário (incluindo bónus) com 21% e o Bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal e trabalho flexível (21%) ficaram “empatados” nos critérios do top 3.

As Oportunidades para progressão rápida na carreira (12%), Liderança inspiradora (11%) e Oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial (9%) foram também as terceiras escolhas, embora com mais referencias no computo global do que entre os inquiridos portugueses.

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