Tecnológica israelita Shield cria Centro de Investigação em Lisboa

Nuno Hortênsio, Country Manager da Shield
Na foto: Nuno Hortênsio, Country Manager da Shield

A tecnológica israelita Shield entra no mercado português com a criação de um Centro de Investigação e Desenvolvimento em Lisboa que dará suporte à casa mãe em Israel, e estará envolvida no desenvolvimento de soluções para todos os projetos e clientes a nível mundial.

“Escolhemos Portugal pela qualidade do talento tecnológico que existe. É um país com muito potencial, não só devido às boas universidades e aos bons profissionais, mas também devido ao seu próspero ecossistema tecnológico e empresarial, que já produziu unicórnios e startups no valor de milhares de milhões de dólares, e ao investimento internacional que está a atrair”, diz Nuno Hortênsio, Country Manager da Shield. “

O Centro de I&D em Lisboa irá ser o hub de inovação da empresa. Nesta primeira fase, o objetivo é apostar em equipas de desenvolvimento, mas futuramente irá incluir também profissionais das áreas de arquitetura de soluções e cloud. A empresa procura programadores e gestores de software especializados com experiência em Java, Angular, JavaScript, bem como outros profissionais de TI altamente especializados, que possam desenvolver novas funcionalidades para premiada plataforma de IA da empresa.

“Temos uma proposta muito atrativa. Trabalhamos com tecnologia de ponta em termos de inovação, oferecemos oportunidades de crescimento profissional extremamente interessantes e projetos desafiantes em todo o mundo. A empresa tem uma cultura muito forte em Israel que vai trazer para Portugal, baseada em princípios de work-life balance e progressão profissional de grande valor e muito justos”, diz Nuno Hortênsio.

A Shield pretende estabelecer protocolos com as universidades portuguesas para oferecer oportunidades profissionais e de formação aos jovens.

Plataforma premiada para controlo das comunicações ao serviço das instituições financeiras

A utilização generalizada de plataformas de comunicação fez com que vários grandes bancos mundiais enfrentassem potenciais milhares de milhões em multas. A Shield uma plataforma que permite às instituições financeiras garantirem todos os requisitos de conformidade – mitigar riscos e detetar abusos de mercado, ao mesmo tempo que possibilita a obtenção de análises comportamentais, monitorizando a cultura tóxica no local de trabalho e automatizando a vigilância dos canais de comunicação, poupando custos operacionais e de conformidade.

“Com a pandemia, e os novos modelos de trabalho, as empresas começaram a utilizar frequentemente inúmeras ferramentas de comunicação eletrónica – das mais simples, como o Zoom e o WhatsApp, às mais complexas e seguras – o que deu origem a novos riscos e a enormes desafios para a segurança de dados e para os requisitos de conformidade que as empresas financeiras têm de cumprir”, explica o Country Manager.

“A plataforma da Shield liga-se a todas as fontes de dados e de comunicação, internas e externas, e monitoriza e regista todas as atividades, lançando alertas sempre que uma anomalia é detetada – manipulações de mercado, de preço, problemas regulamentares ou mesmo problema internos como racismo, assédio e bullying. Quando as empresas aplicam a nossa tecnologia de análise comportamental aos dado, os cenários de utilização são infindáveis. Nos próximos tempos continuaremos na esfera dos serviços financeiros, pelo grau de exigência que possuem e a que estão sujeitos, mas depois iremos endereçar todo o tipo de empresas.”

A Shield fechou em janeiro uma ronda de financiamento da Série A, de 15 milhões de dólares, liderada pela Macquarie Capital e OurCrowd, com uma participação significativa da Mindset Ventures. O valor será aplicado na sua estratégia de expansão e no desenvolvimento da sua plataforma.

“Shield é uma empresa em rápido crescimento. Portugal é uma das nossas iniciativas estratégicas para os próximos anos”, disse Ofir Shabtai, Co-Fundador e CTO da Shield. “Estamos ansiosos por contratar o melhor talento que a Europa tem para oferecer, e acreditamos que muito desse talento reside atualmente em Portugal”.

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