Setor de energia eólica alerta: São necessárias ações, e não palavras, para lidar com a segurança energética antes da COP27. Mais de 100 empresas líderes em energia eólica apelam aos Signatários de Paris para agilizar o planeamento e licenciamento de centrais eólicas, atualizar a infraestrutura da rede e evoluir os mercados de energia para acelerar a implementação de energia renovável.
Uma aliança global de 108 empresas e associações líderes de energia eólica, representando 81% da energia eólica instalada em todo o mundo, desafiou os governos a tomarem medidas drásticas para aumentar o investimento no setor renovável nesta década.
De acordo com o Manifesto Global de Energia Eólica para a COP27, as empresas do setor alertam para a necessidade dos governos tomarem ações urgentes para impulsionar o potencial da tecnologia eólica, como fonte de energia segura, acessível e limpa para comunidades em todo o mundo.
De acordo com as previsões as instalações de energia eólica devem quadruplicar até 2030 com um crescimento de cerca de 390 GW por ano, de acordo com a Agência Internacional de Energia. Até 2050, a energia eólica deve gerar mais de um terço da eletricidade global, acima dos 6% atuais.
Porém, o Manifesto alerta que, embora a energia eólica seja uma das tecnologias de energia mais competitivas, maduras e de rápido crescimento, ela precisa de grandes volumes de encomendas, estáveis e visíveis, para que possa gerar uma cadeia de suprimentos global robusta. Isso só pode ser alcançado por meio de ações claras dos governos.
O manifesto é subscrito pelas maiores empresas do setor, como Iberdrola, Ørsted, EDP Renewables, Vestas, Siemens Gamesa Renewable Energy, Copenhagen Infrastructure Partners, bem como as associações da indústria eólica na China, Brasil, África do Sul, Europa, Reino Unido, Austrália e outras.
Esta fonte de energia tem gerado crescimento e benefícios significativos para o sistema elétrico global. Só em 2021 foram produzidos, em todo o mundo, cerca de 275 TWh de eletricidade de fonte eólica – mais do que o atual consumo anual de eletricidade na Austrália e o equivalente a mais de um terço das importações de gás russo, da UE, antes da invasão da Ucrânia.