Deslocações de trabalho afetam a retenção e atração de talento

Foto de Gustavo Fring no Pexels

Estudo SAP revela que a maioria dos colaboradores está insatisfeita com as condições de viagens de trabalho e a sua frequência. Embora quase todos os colaboradores estejam disponíveis para deslocações em trabalho, só uma pequena minoria aceita regressar aos níveis pré-pandémicos.

A SAP Concur realizou, através da Wakefield Research, o estudo Global Business Travel Survey 2022 com o objetivo de conhecer quais as tendências pós pandemia dos viajantes de negócio.

O estudo demonstra que, quase todos os colaboradores estão dispostos a viajar, mas a forma como as empresas estão a gerir os processos poderá não ser a mais benéfica. A maioria deseja que as viagens de negócio serem redistribuídas de forma mais uniforme, sendo que a segurança das mesmas em questões de saúde passou a ser um fator importante.

Em algumas empresas, a redução do número de recursos humanos está a contribuir para que as viagens de negócios sejam mais frequentes, e isso desagrada a um número significativo de colaboradores. No estudo também sobressai a preocupação com valores ambientais.

Business travelers insatisfeitos com a agenda de viagens

A pandemia mudou a forma como os trabalhadores veem as suas viagens de negócios, obrigando as empresas a encontrar o equilíbrio ideal entre o número de viagens versus o número de colaboradores disponíveis.

Segundo o estudo, 3 em cada 10 viajantes de negócios, dizem que estão a viajar mais do que gostariam (30%) e admitem procurar outras oportunidades de trabalho se a agenda não mudar.

Atentos ao mercado, os colaboradores não estão dispostos, ao dia de hoje, a aceitar um cargo que exija mais viagens sem que aportem benefícios adicionais – 92% afirma aceitar nova oportunidade, mas mediante um upgrade de salário, benefícios ou viagens com maior flexibilidade.

59% gostaria de um salário e/ou bónus maior para aceitar um cargo que exija mais viagens do que aquelas que fazem atualmente, outros referem ponderar mudar mediante benefícios que tornem o seu trabalho mais agradável – férias adicionais (39%) e trabalho remoto (37%).

Foto de Ketut Subiyanto em Pexels

Segurança ainda é uma das principais preocupações

A nível global as preocupações com a saúde e a segurança associadas à doença da COVID-19 são vistas como a principal ameaça às viagens de negócios (34%); mais até que o aumento dos preços do petróleo e da inflação com 14%. Porém, quando analisada por regiões a preocupação com a COVID-19 é maior nos países da Ásia-Pacífico, onde quase metade dos viajantes de negócios (47%) é a principal preocupação. Nas Américas (35%) e na Europa (23%) essa preocupação é menor.

A sustentabilidade também passou a ser uma preocupação para 94% dos viajantes que pretendem tomar medidas para garantir viagens mais “verdes”. A sustentabilidade é particularmente enfatizada nas Américas e Ásia-Pacífico que, na pesquisa deste ano passaram a estar mais alinhadas com os seus pares europeus.

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