Associação de Empresas de Gestão de Condomínios quer aumentos de 8%

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A direção da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC) está preocupada com a subida dos preços, “como já não se via há quase 30 anos”. De acordo com Vítor Amaral, presidente da APEGAC, “estes são tempos conturbados e que irão afetar empresas de todos os setores, não só as empresas de gestão de condomínios.”

“O aumento do salário mínimo, que custa por cada funcionário quase mil euros por ano ao empregador. Por muito justo que seja tal aumento, não deixa de ter significativa repercussão no setor”, alerta o representante das empresas de gestão de condomínios, sublinhando que outras despesas como “a enorme subida da eletricidade, dos combustíveis, do papel, dos tinteiros, etc.” representam desafios para o setor.

A direção da APEGAC diz não ter a solução para resolver os problemas de tesouraria das empresas. No entanto, ponderando a taxa de inflação, o custo de vida, o aumento do salário mínimo nacional, recomenda a atualização dos honorários de condomínio com uma taxa de aumento não inferior a 8%.

Para a gestão de recursos das empresas de condomínio a associação sugere a utilização das novas tecnologias e aproveitamento de todos os seus recursos, de forma a reduzir tempo em serviços administrativos e evitar o mais possível o uso do papel, substituindo-o pela digitalização de documentos evitando desperdícios.

A aplicação de medidas para a redução do consumo de energia, evitando o uso do ar condicionado e desligando da corrente elétrica todos os aparelhos no final do dia, são também sugeridas, a par da renegociação de contratos de prestação de serviços, com operadoras de telecomunicações, seguros, bancos, etc.

Evitar deslocações desnecessárias aos clientes, procurando formas de comunicação e informação por email, telefone ou com recurso a programas de gestão ou aplicações que tenham registo de ocorrências e a elaboração de orçamento da empresa, com especial atenção na gestão e planeamento financeiros, são outas sugestões.

Já quanto à negociação de aumentos salariais com os trabalhadores, recomenda-se incorporar componentes como seguro de saúde e aumento de subsídios de refeição, menos penalizadoras para a entidade patronal em termos de impostos.

“Importa referir que quase cinco milhões de portugueses vivem em cerca de 300 mil edifícios constituídos em propriedade horizontal, o que significa que existem cerca de 300 mil administradores que têm, entre outras funções, o dever de cuidar do património comum de todas estas pessoas. Contudo, não coloquemos panos quentes, pois este setor pode também entrar em crise e é preciso precavermo-nos perante esta situação”, advoga Vítor Amaral.

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