Trabalhadores querem que as empresas invistam na sua formação

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4 em cada 5 portugueses acreditam que é importante o empregador investir no seu desenvolvimento pessoal. O estudo desenvolvido pela GoodHabitz revela a importância e o atual estado do Desenvolvimento Pessoal nas Organizações. Portugal é o país da Europa onde os colaboradores atribuem maior valor à aprendizagem.

Ao longo das últimas décadas, assistiu-se a um aumento da complexidade e competitividade no mercado de trabalho, que obrigou as empresas a tornarem-se mais competitivas para atrair talento qualificado. No mercado atual, os colaboradores querem sentir-se valorizados e ouvidos. Em Portugal, segundo dados do mais recente estudo GoodHabitz sobre “O atual estado do Desenvolvimento Pessoal nas Organizações”, 84% dos colaboradores considera o desenvolvimento pessoal importante e 4 em cada 5 acreditam que é fundamental o empregador investir neste benefício.

A pesquisa levada a cabo pela GoodHabitz, em parceria com a Markteffect, foi realizada através de inquéritos a mais de 12.000 colaboradores de 13 países europeus, dos quais fizeram parte 1.047 pessoas da população ativa em Portugal, entre os 25 e 55 anos pertencentes a diferentes funções e indústrias e a empresas de diferentes dimensões. A pesquisa contou ainda com a opinião de mais de 2.600 decisores europeus na área de Aprendizagem e Desenvolvimento (gestores de RH, gestores de Formação e Desenvolvimento e proprietários de empresas), de forma a perceber os efeitos das oportunidades de desenvolvimento pessoal que os mesmos oferecem aos colaboradores.

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Portugal é o país da europa onde os colaboradores atribuem mais importância à aprendizagem no geral. Assim sendo, 84% dos portugueses inquiridos revelaram que consideram a aprendizagem importante ou muito importante, enquanto a média europeia relativa esta questão se situa nos 74%.

No entanto, de acordo com o estudo da empresa de e-learning corporativo, 52% dos colaboradores nacionais sentem não ser ouvidos quando se trata de pedir oportunidades de desenvolvimento e a percentagem desce para 51% quando analisado o cenário europeu. 68% revela ainda que a falta de oportunidades de desenvolvimento pessoal é uma razão para procurar um novo emprego onde estas lhe sejam oferecidas. Ora, sendo assim, o estudo mostra que ouvir as necessidades dos colaboradores pode ser a chave do sucesso para o futuro de uma organização.

Por outro lado, no que respeita ao tempo para a formação, o relatório avança que o desenvolvimento pessoal não é um trabalho das 9 às 5. Prova disto é que 52% dos portugueses inquiridos revela querer trabalhar na formação durante e após o horário de trabalho, face a 36% que só o quer fazer durante o horário de trabalho e 10% que quer desenvolver-se no seu tempo livre, portanto, fora do âmbito laboral. Qualitativamente, no que respeita ao tipo de competências, 39% dos inquiridos revelam querer focar-se no desenvolvimento de skills digitais, 36% na comunicação e idiomas e 33% em relacionadas com liderança.

A pesquisa da GoodHabitz mostra ainda que, quando questionados sobre quem é o responsável pelo fomento destas oportunidades de desenvolvimento pessoal dentro de uma organização, 75% dos colaboradores em Portugal, sente que os empregadores têm mais responsabilidade que eles mesmos (70%).

3 em cada 4 afirmam incentivar as suas equipas a trabalhar no seu desenvolvimento pessoal. Também os empregadores, quando questionados se os seus colaboradores seriam mais felizes no seu cargo atual se tivessem mais oportunidades de desenvolvimento pessoal, 84% dos europeus diz que sim. Quando a mesma pergunta é direcionada aos próprios profissionais, 78% dos europeus assumem que se sentiriam mais felizes e 91% dos inquiridos em Portugal reforça esta tendência.

Pedro Monteiro, porta-voz da GoodHabitz em Portugal, explica “Quando percebemos que 1 em cada 4 profissionais em Portugal não tem qualquer oferta formativa disponível e que mais de metade não é ouvido quando pede oportunidades de desenvolvimento pessoal, devemos efetivamente ficar preocupados. Na GoodHabitz acreditamos que ter a capacidade de oferecer aos profissionais as ferramentas e conteúdos certos para que os mesmos se possam desenvolver deixou de ser um “nice to have” para passar a ser um “must have”.”

Pedro Monteiro, acrescenta ainda que “Sabemos que há um longo caminho a percorrer em termos da aprendizagem online, dado que apenas 25% dos profissionais tem oferta disponível neste formato que é já o formato de eleição face aos formatos tradicionais. Neste momento, é fundamental que as empresas europeias compreendam e reflitam sobre estes pontos, porque muitas ainda não estão a dar a devida importância ao desenvolvimento pessoal. Por outro lado, os colaboradores responderam de forma inequívoca mostrando que as oportunidades de desenvolvimento pessoal são já um dos fatores chave para o seu crescimento e felicidade no trabalho. Nos dias que correm as empresas têm necessariamente de começar a dar ouvidos a estas necessidades, caso contrário, perderão talento e competitividade no mercado.” 

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