Associação de Produtores de Videojogos Portugueses Impulsiona a Indústria Nacional

Foto de Associação de Produtores de Videojogos Portugueses

A Associação de Produtores de Videojogos Portugueses (APVP) está a liderar a aceleração da indústria de videojogos em Portugal, apontando para um mercado em crescimento e atraindo multinacionais do setor para o país. Com uma visão ambiciosa, a APVP tem como missão fortalecer e consolidar a indústria de videojogos portuguesa, projetando-a como um futuro hub do setor na Europa.

Segundo o mais recente estudo do Statista Market Insights, a indústria de videojogos em Portugal tem estimada uma receita de 365 milhões de euros em 2023 para o consumo interno, indicando um mercado em crescimento que atrai cada vez mais atenção global. A APVP desempenha um papel crucial ao criar um ecossistema que suporta os criadores portugueses, eleva o reconhecimento internacional das produções nacionais e chama a atenção de multinacionais do setor para se estabelecerem em Portugal.

Fundada em 2021 por líderes séniores da indústria de videojogos em Portugal, como Rui Guedes da Ground da Control Studios e André Pais da Miniclip, a APVP já conta com dezassete associados, representando uma variedade de dimensões, incluindo empresas notáveis como Battlesheep, Fortis, FRVR e Infinity Games. O objetivo da APVP é fortalecer a indústria portuguesa de desenvolvimento de videojogos ao promover a indústria a nível nacional e internacional.

Embora o Instituto Nacional de Estatística (INE) tenha registado um volume de negócios de mais de 23 milhões de euros em 2021 para as empresas que se dedicam à produção de videojogos, estudos recentes do Statista revelam um mercado substancialmente maior, projetando uma receita de 365 milhões de euros até o final de 2023. Prevê-se também que o número de jogadores em Portugal alcance cerca de 3 milhões até 2027, num mercado global que já abrange 3,5 mil milhões de jogadores em consolas, computadores e dispositivos móveis.

Jeferson Valadares, presidente da APVP, sublinha a importância de Portugal como um centro emergente para a indústria de videojogos, com talento abundante e um mercado em crescimento, tornando-o um cenário ideal para empresas tecnológicas e multinacionais. No entanto, Valadares observa a necessidade de medidas fiscais e de apoio mais robustas para incentivar o desenvolvimento contínuo da indústria em Portugal.

“Em Portugal, ainda não existem apoios públicos específicos de natureza fiscal ou financeira para o setor dos videojogos, enquanto outros estados membros da União Europeia oferecem incentivos como tax-credits ou subsídios para os produtores de videojogos, algo que consideramos importante para o setor. Além disso, a criação de programas estatais, como grants, para jovens criadores que iniciam as suas empresas, tem sido implementada com resultados promissores em outros países da UE.”

A APVP está a trabalhar ativamente para unir e fortalecer o setor de videojogos em Portugal, promovendo workshops, masterclasses e eventos locais para estabelecer uma cultura sólida em torno desta indústria. A associação também está a estabelecer conexões com empresas internacionais e associações semelhantes em mercados estratégicos para atrair ainda mais interesse para o país.

À medida que a APVP prossegue com sua missão de catalisar a indústria de videojogos portuguesa, os membros associados beneficiam de serviços, recursos e ferramentas fornecidos por parceiros tecnológicos da APVP, como AWS for Games e AppMagic. A associação também se esforça para criar um ambiente colaborativo onde o conhecimento e a experiência dos profissionais mais experientes possam ser transmitidos para as gerações mais jovens, consolidando assim o tecido empresarial desta indústria em expansão.

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