Casos de Burla Online Crescem em Portugal no Primeiro Semestre de 2024

O Portal da Queixa registou 3.034 reclamações de burlas online no primeiro semestre de 2024, um aumento de 11% face ao ano anterior.

Fraude e corrupção em Portugal
Imagem de Mohamed Hassan do Pixabay

O Portal da Queixa registou um aumento de 11% nas reclamações de burlas online no primeiro semestre de 2024, comparativamente ao mesmo período de 2023. Com 3.034 queixas reportadas, o valor estimado do prejuízo aproxima-se dos 500 mil euros, com o Instagram a ser o canal mais mencionado.

O número de casos de burla no meio online, em Portugal, continua a crescer. No primeiro semestre de 2024, o Portal da Queixa recebeu 3.034 reclamações relacionadas com burlas, um aumento de cerca de 11% em comparação com as 2.736 queixas registadas no mesmo período do ano anterior. Estes esquemas envolvem mais de 1.300 marcas, com o Instagram a ser o canal mais frequentemente mencionado nas queixas.

A análise do Portal da Queixa revela um aumento de 31.1% nas reclamações entre os dois primeiros trimestres de 2024. De janeiro a março, foram registadas 1.313 queixas, número que subiu para 1.721 no segundo trimestre. A maioria das reclamações está relacionada com compras em lojas online, onde os consumidores reportam a não receção dos produtos adquiridos e a ausência de reembolso.

Os burlões frequentemente utilizam marcas conhecidas para enganar os consumidores. Foram identificadas 1.288 marcas envolvidas nas reclamações. O principal motivo das queixas, representando 63.3% dos casos, é a falta de reembolso após a não receção do produto. Transações não autorizadas representam 20.7% das reclamações, enquanto casos de phishing correspondem a 8.8%. Publicidade falsa é o motivo em 3.6% das ocorrências.

O setor de Compras, Moda e Joalharia é o mais afetado, recolhendo 33.4% das reclamações. Seguem-se Informática, Tecnologia e Som (16.1%), Hotéis, Viagens e Turismo (11.6%), e Beleza, Estética e Bem-Estar (9.9%). Mobiliário, Decoração e Eletrodomésticos representam 7.3% das queixas.

O Instagram é o canal mais utilizado para burlas, mencionado em 44.2% das queixas, seguido pelo Facebook (20.2%), WhatsApp (18.3%), e SMS (15.8%). TikTok e chamadas telefónicas têm uma menor incidência, com 0.6% e 0.5%, respetivamente. O prejuízo total estimado para os lesados é de cerca de 500 mil euros (498.698,58 €).

Em 2023, o Portal da Queixa recebeu cerca de 25 mil reclamações relacionadas com burlas online, com prejuízos estimados em mais de cinco milhões de euros. A maioria das queixas relatava esquemas onde os consumidores ficavam sem o produto, sem resposta e sem o dinheiro.

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