Os recém-graduados estão a transformar as dinâmicas dos locais de trabalho, com uma abordagem que valoriza a flexibilidade e o sentido de pertença à organização. De acordo com o relatório “The Future-Forward Workforce”, realizado pela CEMS – uma aliança global que inclui a Nova SBE –, os jovens profissionais dão prioridade a empresas que promovem um ambiente colaborativo e flexível, ao contrário das ideias tradicionais de que o escritório se tornaria obsoleto.
Um dos principais pontos destacados pelos recém-graduados é a preferência por horários flexíveis, onde o fluxo de trabalho dita os horários, em detrimento do tradicional regime de 9h às 17h. Estão dispostos a trabalhar fora do horário habitual, desde que essa flexibilidade lhes permita equilibrar o trabalho e a vida pessoal de forma mais eficiente.
Ao contrário da opinião generalizada, esta geração vê o escritório como um espaço essencial para promover o sentido de pertença e comunidade dentro da organização, o que consideram crucial para o seu desenvolvimento profissional. A cultura empresarial, que incentiva a colaboração e o desenvolvimento contínuo, é fundamental para a retenção destes talentos, que se mostram abertos a compromissos de longo prazo, desde que lhes sejam oferecidas funções desafiantes e oportunidades de evolução.
Carreiras Evolutivas e Foco no Futuro
Outro aspeto significativo apontado no estudo é que os recém-graduados não encaram as suas carreiras como jornadas predefinidas. Em vez de planos a longo prazo rígidos, preferem uma visão evolutiva das suas trajetórias, com foco nos desafios e nas oportunidades que surgirão na próxima década. Esta mentalidade reflete-se numa maior adaptabilidade às incertezas do mercado de trabalho atual.
Catherine da Silveira, Associate Dean da Nova SBE, destaca que estes profissionais “demonstram flexibilidade, mas sem desvalorizar o papel do escritório como espaço de consolidação de uma comunidade.” Além disso, mostram-se prontos para abraçar as mudanças no mundo empresarial, mantendo-se abertos a compromissos duradouros, desde que encontrem desafios constantes e uma cultura de apoio.