Os crimes relacionados com criptomoedas aumentaram significativamente em 2024, com o número de litígios envolvendo estes ativos digitais a quadruplicar no terceiro trimestre (Q3) do ano. Segundo uma investigação da Finbold, a Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA registou um crescimento notável no número de queixas relacionadas com criptomoedas, passando de três no segundo trimestre (Q2) para doze em Q3.
Em particular, o mês de setembro destacou-se, com mais casos registados do que em todo o primeiro trimestre. Desde janeiro, a SEC também anunciou a conclusão de vários processos mediáticos, incluindo a decisão em março contra Sameer Ramani, cúmplice de transações ilícitas na Coinbase, e o acordo com o auditor da FTX, Prager Metis, por negligência grave na auditoria da empresa entre 2021 e 2022.
Os crimes envolvendo criptomoedas cobrem uma ampla gama de infrações, com ofertas e vendas de valores mobiliários não registados a liderar o número de queixas. Além disso, os burlões continuam a tirar proveito da popularidade dos ativos digitais, atraindo investimentos com promessas falsas ou apresentando oportunidades fictícias.
Ainda assim, como observado pelo coautor da pesquisa, Andreja Stojanovic, muitos desses casos não são verdadeiros litígios direcionados à indústria cripto, mas sim fraudes que utilizam a reputação das criptomoedas como ativos lucrativos, ainda que arriscados. Apesar do número crescente, os casos relacionados com criptomoedas representam apenas 9,21% das 228 queixas registadas pela SEC em 2024.