Diogo Teixeira, CEO da Beta-i, reflete sobre o papel pioneiro da consultora na inovação colaborativa,destacando a metodologia própria que facilita parcerias sustentáveis e os desafios da adaptação a diferentes contextos culturais e de mercado.
A Beta-i é um dos grandes impulsionadores de inovação colaborativa em Portugal e no estrangeiro, posicionando o país como um polo emergente no ecossistema de startups desde a sua fundação em 2009. Segundo Diogo Teixeira, CEO da consultora, a Beta-i não só junta empresas, startups e instituições públicas em torno de problemas reais, mas também se afirma como um catalisador de sinergias que potenciam soluções rápidas e eficazes.
“A colaboração é essencial para qualquer empresa que queira inovar de forma sustentável,” afirma Teixeira, destacando a importância de uma rede robusta de parceiros.
Metodologia Beta-i: Colaboração e Cocriação
A consultora portuguesa implementa uma metodologia própria que promove a inovação colaborativa entre empresas, startups e stakeholders, permitindo a criação de soluções eficazes para grandes marcas globais. “A Beta-i atua como orquestradora, identificando desafios e reunindo startups e empreendedores para desenvolverem soluções viáveis,” explica Teixeira. A consultora desenvolve ecossistemas colaborativos que incentivam a cocriação e facilitam a troca de conhecimento entre todos os envolvidos, promovendo um ambiente de inovação ágil e escalável.
A integração de perspetivas multidisciplinares contribui para a eficácia e durabilidade das soluções, algo que se reflete em programas de sucesso como o Free Electrons, que impulsiona a inovação na energia, e o Building Tomorrow Together, uma parceria com a Roche que reúne entidades do setor da saúde para desenvolver soluções digitais para doenças como a Demência e o Alzheimer.
Desafios e Oportunidades da Internacionalização
A experiência da Beta-i em mais de 20 países trouxe desafios e oportunidades ao adaptar a inovação colaborativa a contextos culturais distintos. Diogo Teixeira menciona o fator risco como um dos pontos mais variáveis. Nos EUA e no Brasil, a cultura de baixo receio ao risco abre portas para a inovação, mas também cria uma competitividade elevada, especialmente nos Estados Unidos, onde o mercado é mais maduro. Na Europa, a Beta-i encontra um ambiente mais avesso ao risco, mas beneficiado por diretrizes e prioridades claras definidas por entidades como a União Europeia, que proporcionam uma estrutura estratégica estável para a inovação.
“A nossa presença internacional mostrou-nos que cada país exige uma abordagem única,” diz Teixeira. Para a Beta-i, a adaptabilidade é a chave para ultrapassar as barreiras culturais, transformando-as em oportunidades de crescimento e inovação.