A utilização da Inteligência Artificial (IA) está a transformar o setor farmacêutico, com 55% das empresas a aplicarem esta tecnologia no desenvolvimento de produtos e serviços, segundo o Relatório Ascendant da Minsait. A IA surge como uma ferramenta chave para melhorar a eficiência, com 45% das empresas a utilizá-la em gestão de riscos e cibersegurança e 36% em marketing e vendas. Além disso, 29% das organizações recorrem à IA em operações específicas como fabrico e desenvolvimento de medicamentos, potenciando avanços na análise de doenças e na monitorização da qualidade de produção.
O estudo evidencia a aplicação da IA para acelerar a descoberta de compostos, prever resultados de ensaios clínicos e otimizar processos de fabrico, aspetos cruciais para aumentar a precisão e eficiência nas operações do setor. Para 70% das empresas, a IA representa uma alavanca essencial para a excelência operacional e competitividade. Entre as motivações adicionais, destacam-se a melhoria na tomada de decisões (34%) e na experiência dos clientes (31%).
Contudo, persistem barreiras à sua implementação, como a falta de talento especializado (36%) e uma visão estratégica consistente (35%). A incerteza regulatória também representa um desafio, dificultando a aplicação uniforme da IA em diferentes geografias e fases de desenvolvimento.
O relatório aponta a IA como um fator essencial para o crescimento e digitalização do setor, que em Portugal movimenta mais de 15 mil milhões de euros. Luis Monção, diretor de Indústria e Consumo da Minsait, destaca que a IA será crucial nos próximos anos, acelerando a inovação e a sustentabilidade no setor.
