O mercado de trabalho em Portugal continua a demonstrar sinais de robustez e estabilidade. Segundo dados divulgados pela Randstad Portugal, com base em informações do Instituto Nacional de Estatística (INE), Serviço Público de Emprego Nacional (IEFP) e Segurança Social, o desemprego manteve-se em 6,6% em outubro, enquanto o número de pessoas empregadas alcançou os 5,1 milhões, um marco histórico.
Em outubro, o número total de desempregados foi de 357.900, uma ligeira redução de 0,1% (menos 1.900 pessoas) face ao mesmo período do ano passado. Este recuo foi particularmente evidente entre homens e adultos (25 a 74 anos). Por outro lado, o emprego registou um aumento anual de 71.800 pessoas (1,4%), atingindo 5.105.700 trabalhadores, com uma taxa de emprego de 64,3%.
“Os dados mostram que estamos numa fase de relativa estabilidade. O desemprego mantém-se em níveis baixos, e o crescimento do emprego reflete um mercado laboral dinâmico e em recuperação, com um número recorde de pessoas empregadas”, sublinha Isabel Roseiro, diretora de Marketing da Randstad Portugal.
Aumento da população ativa e da massa salarial
A população ativa também registou um aumento anual de 69.900 pessoas (1,3%), atingindo 5.463.600. Esse crescimento foi impulsionado por um maior número de empregados e uma leve diminuição da população desempregada.
No que respeita às remunerações, os dados de setembro mostram uma média de 1.398,17 euros, representando um aumento de 5,2% em relação ao mesmo mês de 2023, apesar de uma queda mensal de 6,1%. Lisboa continua a liderar no valor das remunerações médias (1.616,26 euros), enquanto Beja apresenta os valores mais baixos (1.111,98 euros), destacando as disparidades regionais.
Benefícios sociais em queda, apesar de maior cobertura
Em outubro, 57,7% dos desempregados inscritos no IEFP recebiam prestações de desemprego, totalizando 180.192 beneficiários, uma redução de 2,9% em relação ao mês anterior. Este decréscimo pode estar associado ao término do período de elegibilidade de alguns beneficiários, embora o número represente um aumento de 5,7% em relação ao ano passado.
A análise destaca ainda um aumento da massa salarial, refletindo um crescimento económico que beneficia tanto empresas quanto trabalhadores. Este cenário de estabilidade e evolução positiva no mercado de trabalho coloca Portugal numa posição favorável para enfrentar os desafios económicos futuros.