Portugal submeteu à Comissão Europeia o pedido de reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), uma decisão que visa mitigar riscos e garantir a execução dos investimentos dentro dos prazos exigidos. A revisão contempla cortes em áreas como habitação, mobilidade e gestão hídrica, enquanto reforça verbas para a Saúde, ciência e inovação empresarial.
Para André Lopes, Partner da Capitalizar, esta reprogramação é um passo inevitável, mas que evidencia desafios estruturais: “Reflete uma tentativa de adaptação à realidade do mercado, mas também expõe desafios no planeamento estratégico para garantir a concretização dos projetos previstos.”
O consultor alerta para a necessidade de transformar esta revisão numa oportunidade de otimização, em vez de um simples adiamento de problemas. Para isso, considera fundamental o reforço da fiscalização, garantindo que os projetos avancem com transparência e prestação de contas.
“É essencial que se reforce a fiscalização e se adotem medidas eficazes para garantir que os projetos avancem a um ritmo adequado. A transparência e a prestação de contas são fatores críticos para assegurar que os recursos são bem aplicados e que os objetivos definidos pelo PRR sejam atingidos.”
Se bem conduzida, esta reprogramação pode corrigir falhas e melhorar a execução dos fundos europeus, fortalecendo a capacidade de Portugal em aproveitar os investimentos comunitários de forma eficiente.
