O custo de vida continua a subir, e o impacto nos orçamentos domésticos será mais evidente do que nunca em 2025. Segundo uma análise da Stocklytics.com, os consumidores em todo o mundo gastarão um recorde de 150 mil milhões de dólares em bens essenciais este ano, um aumento de 30 mil milhões em relação a 2024.
Desde 2019, os gastos das famílias com produtos essenciais quase triplicaram, saltando de 50 mil milhões para 122 mil milhões de dólares no ano passado. Entre os principais fatores que impulsionam este aumento estão a inflação persistente, a shrinkflation (redução do tamanho dos produtos sem baixar o preço) e a crescente procura por produtos premium e sustentáveis.
Os dados da Statista Market Insights indicam que o ritmo de crescimento dos gastos foi particularmente acelerado nos últimos anos. Após um aumento médio anual de 25% entre 2019 e 2021, houve uma desaceleração em 2022 e 2023, com crescimentos de 6% e 9%, respetivamente. No entanto, 2024 registou um novo salto de 23%, tendência que se mantém em 2025, com uma subida de 22%, totalizando um novo máximo histórico.
Crescimento Global e Impacto nos Principais Mercados
O impacto do aumento dos gastos será sentido em todas as principais economias, mas a China lidera o crescimento, com uma previsão de aumento de 22,8% nos gastos com bens essenciais. Os Estados Unidos e a Europa seguem de perto, com crescimentos estimados de 22,5% e 21,4%, respetivamente.
Embora as previsões indiquem uma desaceleração no ritmo de crescimento a partir de 2026, com uma taxa de 5% em 2028, os gastos globais com essenciais ultrapassarão 200 mil milhões de dólares até ao final da década. Este cenário levanta preocupações sobre a sustentabilidade dos orçamentos familiares e a capacidade de adaptação dos consumidores a um período de custos elevados.
A evolução do mercado de bens essenciais reforça a necessidade de estratégias de poupança, adaptação e reavaliação do consumo, num contexto de incerteza económica crescente.
