O mundo do trabalho está a passar por uma transformação sem precedentes, impulsionada pela digitalização, a inteligência artificial (IA) e a automação. O relatório “The Future of Jobs” 2025, do World Economic Forum, destaca que cerca de 39% das competências atuais dos trabalhadores sofrerão alterações ou tornar-se-ão obsoletas até 2030. Este cenário leva-nos a refletir sobre um desafio fundamental: como podemos garantir que os profissionais do presente e do futuro desenvolvem as competências necessárias para se manterem competitivos num mercado em rápida mudança?
A resposta está na formação contínua em competências digitais, um fator decisivo para a empregabilidade e para o crescimento sustentável das empresas. Com base no relatório do World Economic Forum, que reconhece a importância da capacitação em várias áreas para o sucesso individual e organizacional, é possível identificar cinco grandes tendências que moldarão o mercado de trabalho até 2030:
- Aceleração da digitalização e IA: A automação e a IA transformarão as indústrias impulsionará a procura por especialistas em Big Data, Machine Learning e Cibersegurança. O relatório estima que 86% das empresas esperam que a IA e o processamento de dados transformem os seus negócios nos próximos cinco anos.
- A revolução verde e a sustentabilidade: A transição para economias sustentáveis criará novas oportunidades de emprego em engenharia ambiental, energias renováveis e tecnologias verdes.
- A economia do conhecimento e das soft skills: Competências como pensamento crítico, resolução de problemas, liderança e colaboração serão cada vez mais valorizadas.
- Fragmentação geoeconómica e transformação do trabalho global: Mudanças políticas e económicas levarão as empresas a reestruturar cadeias de fornecimento e operações, criando desafios na gestão de talento.
- Oportunidades e desafios demográficos: O envelhecimento da população em alguns países e o crescimento da força de trabalho em regiões emergentes exigirão estratégias eficazes de requalificação profissional.
Face a estas tendências, (re)aprender competências digitais e combiná-las com outras capacidades deixou de ser opcional e tornou-se obrigatório – para não ficar para trás no mercado de trabalho. E há três áreas que se destacam:
- Competências técnicas em tecnologias emergentes: A ascensão da IA e da automação exige domínio de ferramentas de desenvolvimento de software, análise de dados, cibersegurança e computação em nuvem. O relatório destaca que especialistas em Big Data, Machine Learning e Segurança da Informação estarão entre os profissionais mais procurados até 2030.
- Reskilling e upskilling para a economia digital: Organizações públicas e empresariais são desafiadas a investir em programas de requalificação e aperfeiçoamento de competências para garantir que os colaboradores em funções tradicionais possam transitar para novos cargos digitais. O estudo aponta que 85% das empresas planeiam dar prioridade à formação dos seus colaboradores para enfrentar os desafios da transformação digital.
- Soft skills e a importância da adaptabilidade: Além das competências técnicas, a criatividade, a resiliência e o pensamento crítico são igualmente importantes num mundo orientado para a inovação a alta velocidade. A capacidade de adaptação a novas ferramentas e metodologias promete ser determinante para a empregabilidade.
A evolução tecnológica representa não só desafios, mas também oportunidades para empresas e profissionais que investem na aprendizagem contínua. O relatório “The Future of Jobs”2025 mostra que, no futuro, quem souber aprender, desaprender e reaprender estará sempre um passo à frente no mercado de trabalho.
Tudo indica que o futuro pertence a quem investe no conhecimento. Estará a sua empresa ou carreira preparada para esta revolução?
