A inteligência artificial (IA) está a transformar a forma como os escritores trabalham, assumindo-se como uma ferramenta capaz de otimizar tarefas repetitivas e libertar tempo para os aspetos mais criativos da escrita. Hank Quense, autor prolífico, defende que os escritores devem encarar a IA como uma assistente, permitindo-lhes dedicar-se à profundidade emocional dos seus textos e à autenticidade das suas narrativas.
No seu novo livro, The Author’s AI Toolkit: From Concept to Publication, Quense explora como a IA pode apoiar os escritores em todas as fases do seu trabalho. Desde o planeamento e estruturação de ideias até à escrita propriamente dita, a tecnologia pode ajudar a organizar pensamentos e superar bloqueios criativos. Na publicação, as ferramentas inteligentes tornam o processo mais acessível, facilitando a formatação de manuscritos e a criação de elementos visuais. A IA também assume um papel na promoção dos livros, otimizando campanhas de marketing e identificando o público-alvo certo. No campo da gestão da carreira, os autores podem ainda recorrer à tecnologia para automatizar tarefas administrativas e analisar tendências do mercado.
Para Quense, a IA não ameaça a criatividade, mas amplia as possibilidades para escritores de todos os níveis. Defende que esta deve ser vista como uma aliada, capaz de poupar tempo e oferecer soluções inovadoras, sem comprometer a voz única de cada autor. “Não devemos temer a inteligência artificial, mas sim abraçar as suas aplicações éticas”, sublinha.