Desde a aquisição de um automóvel até à compra de casa, passando por algumas despesas inesperadas, são vários os motivos que levam os portugueses a pedir financiamento. Não admira, portanto, que se note um aumento no número de novos contratos de crédito, com especial crescimento no financiamento ao consumo nos últimos anos.
No entanto, por muito bom instrumento financeiro que possa ser, o crédito é também um compromisso que traz pressão ao orçamento familiar e cujas prestações se podem tornar difíceis de suportar. Por esse motivo, há que perceber como poupar nos seus créditos, existentes ou por contratar.
Antever os Custos
Parte de pedir um crédito de forma responsável é ter consciência dos encargos envolvidos neste financiamento. É que ao pagar as prestações mensais estará a reembolsar o montante que lhe foi emprestado, mas também a pagar outros custos envolvidos na operação, como comissões e seguros.
Porém, nem sempre estes custos são fixos, já que variam de entidade para entidade. Deve, por isso, ter em consideração os valores a suportar com:
- Taxas de juro;
- Comissão formalização ou abertura de contrato;
- Comissões processuais;
- Seguros;
- Imposto de Selo;
- Taxas de amortização em caso de pagamento antecipado do crédito;
- Outras despesas associadas ao empréstimo.
Tenha em mente que no caso de créditos hipotecários, existem outros custos envolvidos, como Avaliação do Imóvel, Documento Particular Autenticado e cópia do contrato.
Para conhecer e analisar todos os encargos associados ao empréstimo, lembre-se de consultar a FIN (ou FINE, caso seja um financiamento com hipoteca). Este documento lista detalhadamente o custo total do crédito, discriminando todos os elementos e respetivos valores.
Dicas Essenciais Para Poupar no Crédito
Quer estejamos a falar de novos créditos ou empréstimos já existentes, existem formas de poupar nas mensalidades que paga.
Consolidar Créditos
Quando tem mais do que um empréstimo, a consolidação pode ser a solução para poupar. E o crédito consolidado tem conquistado tantos adeptos que só em 2024 o número de pedidos aumentou 52%.
Ao consolidar está a juntar os seus créditos num único contrato, com novas condições. Isto pode traduzir-se, por exemplo, em taxas de juro mais atrativas, um prazo de pagamento mais vantajoso ou a negociação de um período de carência.
Trata-se, por isso, de uma solução que é especialmente vantajosa em casos de financiamento com taxas altas, como os cartões de crédito.
Negociar Condições Contratuais
Como referido, cada banco define as suas próprias condições. Daí que algumas instituições tenham como exigência a contratação de produtos adicionais ou seguros obrigatórios e outras não.
Isto significa também que, muitas vezes, há margem para negociar as condições contratuais que lhe são apresentadas. Neste processo, é crucial conhecer o mercado e comparar ofertas. Desta forma, saberá quais as condições praticadas na concorrência e terá maior poder de negociação.
A possibilidade de negociar aplica-se tanto a novos créditos como àqueles que já contratou. No fundo, basta que o banco esteja aberto ao ajuste.
Transferir Seguros
Esta dica é particularmente valiosa nos créditos habitação, em que os seguros de vida e multirriscos são obrigatórios.
Ao contratar este tipo de proteção em entidades especializadas, pode conseguir uma poupança de 50% face ao produto do banco. Ou seja, uma poupança mensal no crédito que pode ser bem simpática.
