Porto facilita negócios com a China

Em entrevista ao Empreendedor, Alberto Carvalho Neto, presidente AJEPC – Associação de Jovens Empresários Portugal-China, apresenta a Feira Internacional de Negócios, para fazer de Portugal o elo que liga a China aos países de língua portuguesa e espanhola.

O evento que está agendado para 21 a 23 de junho, na Exponor em Matosinhos, pretende ser um espaço de networking, inovação e cooperação entre Portugal, Espanha e América Latina, com a China. O objetivo é ‘fazer a ponte entre Portugal e a China. Obviamente procuramos trazer o máximo de investidores chineses para Portugal, mas queremos também mostrar que Portugal pode ser a ligação a outros países’, explica Alberto de Carvalho Neto.

A feira terá, além do espaço de exposição, um conjunto de eventos paralelos de que se destaca o Fórum de Negócios, que atrairá investidores e empresários chineses e dos países ibero-americanos além dos representantes de numerosas associações empresariais, como a Federação Ibero-americana de Jovens Empresários, a Confederação dos Jovens Empresários do Brasil, a Associação dos Jovens Empresários de Espanha e o Grupo das Nações Unidas para o Empreendedorismo, entre outras organizações.

Estão previstas ainda um conjunto de palestras temáticas sobre áreas de negócio que atraem os investidores chineses, como a Agricultura, Infraestruturas ou Industria, particularmente nos setores das Águas, Energia e Ambiente. nA feira já tem confirmadas as presenças de investidores das regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e também dos grandes centros financeiros chineses como Guangdong e Xangai. O Brasil também terá uma presença significativa, destacando-se o apoio institucional do Estado de São Paulo à realização do evento.

A escolha do Porto para a realização da Feira Internacional de Negócios foi ‘para fugir a Lisboa’, explica Alberto Carvalho Neto. ‘O Porto tem imenso potencial e a Exponor tem espaço de crescimento’, sublinha o presidente da AJEPC, destacando que este é ‘um projeto pensado a médio e longo prazo que está ligado a uma parceria triangular entre Portugal, Brasil e Macau.’

O papel de Macau tem aqui um peso significativo ao ser um facilitador no acesso aos investidores chineses através deste triângulo empreendedor. Um dos motores para o desenvolvimento deste projeto é a Federação Sino LPE, uma organização que reúne empresários e associações dos países de língua portuguesa e espanhola, interessadas em conseguir uma conexão privilegiada com congéneres chineses. ‘Portugal conseguiu agrupar dentro da mesma federação organizações que partilham interesses comuns’, diz Alberto Carvalho Neto, ‘criando um espaço de networking, cooperação e contactos de investimento’ entre a China e os países ibero-americanos.

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