De acordo com um estudo da CEGOC para avaliar os principais desafios para a pós-pandemia, que envolveu cerca de 300 gestores e responsáveis de recursos humanos de empresas portuguesas, a Comunicação é considerada “uma alavanca indispensável” para a recuperação das empresas no “novo normal”.
Quando questionados sobre o contexto atual e quais as práticas e competências essenciais para o sucesso no futuro os especialistas e responsáveis de equipas e colaboradores com funções de relevo nas áreas de RH, L&D, Inovação e Formação, consideram que o teletrabalho representa uma mudança fundamental dentro das organizações, pelo que a gestão das equipas deve assentar numa relação de confiança e empoderamento.
O estudo “Novo Normal: Quais são os novos desafios das organizações” realizado pela CEGOC – empresa especializada na formação de recursos humanos, visa compreender os desafios enfrentados pelas organizações portuguesas e que práticas e competências estão já a ser incrementadas para fazer face ao contexto atual.
Práticas e competências em destaque
De acordo com o estudo, 88% dos inquiridos não têm dúvidas de que a comunicação é uma alavanca indispensável na vida quotidiana de hoje, pautada pelas interações em ambientes remotos e digitais. Aprender a manter conversas difíceis e resolver conflitos à distância (67%) constitui uma resposta crucial à inevitável divergência de interesses/objetivos inerente ao desempenho das funções.
68% identificam a gestão da eficácia pessoal (tempo, organização, motivação) como fundamental para encarar o Teletrabalho e 75% consideram que é fundamental melhorar a gestão de equipas remotas e passar do controlo e da microgestão para uma relação baseada na confiança e no empowerment.
A formação 100% digital torna-se, para a maioria (59%) a resposta mais eficaz para a aquisição de novas competências críticas para a sua função/área de atuação e 62% afirmam que aprender a liderar pessoas e equipas em tempo de caos e incerteza é um imperativo para acompanhar e apoiar transformações organizacionais.
Na opinião de Catarina Correia, Head of Marketing & Communication na CEGOC, “depois de lermos este estudo, compreendemos que as organizações focam-se em fortalecer as suas estratégias de transformação digital e direcionam hoje as suas políticas de recrutamento para profissionais criativos, inovadores, aptos para comunicar e colaborar remotamente e capazes de operar com fluidez em contextos de incerteza e de mudança. Prova disso é que mais de metade dos líderes, CEOs, especialistas, responsáveis de equipas e colaboradores nas mais diversas áreas de negócio que participaram neste inquérito estão conscientes da necessidade de um plano de ação que abarque várias áreas prioritárias para a sua plena preparação e integração no ‘novo normal’.”
A responsável pelo estudo salienta ainda “as sugestões finais dos inquiridos, que revelaram uma importância generalizada pela retoma da interação humana e a socialização entre colegas, assim como a promoção da saúde física e emocional, de forma a combater os efeitos do isolamento e sedentarismo provocados pelo confinamento”.
Com efeito, 55% dos gestores inquiridos acreditam que gerir o stress induzido pela rápida mudança dos hábitos e das formas de trabalhar é uma prioridade, enquanto 51% consideram importante acompanhar a nova gestão de Pessoas e RH com novos processos de atração e retenção de talentos, perfis profissionais e formas de vinculação laboral. Por fim, 50% entendem ser prioritário reinventar o espaço de trabalho com novas medidas de higiene e segurança, hábitos e práticas.