Não é apenas na ciência da computação que os dados sãos importantes.
Na programação de computadores, uma cadeia de caracteres/dados ou string é uma sequência de caracteres, geralmente utilizada para representar palavras, frases ou textos de um programa.
Tudo pode ser reduzido a strings, ou, em português, conjuntos de zeros (0) e uns (1). Portanto, será fácil demonstrar que a rastreabilidade dos mesmos é essencial para obter informação e depois conhecimento.
Por outro lado, não se encontra o significado de rastreabilidade no dicionário da língua portuguesa por ser uma palavra composta pelo verbo rastrear, que significa: “seguir o rasto ou a pista para investigar, inquirir, indagar” e pelo substantivo feminino habilidade, que significa: “qualidade de hábil”.
A rastreabilidade é um conceito que surgiu devido à necessidade de saber em que local é que um produto se encontra na cadeia logística sendo também muito usado em controlo de qualidade. Assim, poderemos dizer que a rastreabilidade, aplicada aos dados, terá essencialmente que ver com o seu controlo e confirmação da sua origem.
Na procura de obtenção de informação, isto é, corelacionamento dos dados entre si, é importante garantir que a fonte dos mesmos é fidedigna e apropriada para os fins onde serão utilizados.
Eis um exemplo simples e prático: uma empresa deseja saber a idade média dos seus funcionários. Naturalmente, começa por identificar o primeiro dado essencial, a idade de cada um dos seus trabalhadores. Depois divide pelo total de trabalhadores e obtém a média de idades. Obtém assim informação, apenas isso.
Ora bem, o próximo passo para obter conhecimento é relacionar essa informação com o ecossistema onde está inserida, por exemplo, qual a média de idade do setor onde opera, dos seus concorrentes e, aí sim, tomar decisões de gestão.
É isto que todos desejamos, usar o conhecimento para nos diferenciarmos positivamente, para termos vantagem competitiva, em suma para sermos desejados e melhores, seja pelos nossos produtos, seja pelos nossos serviços.
Portanto, tudo começa pelos dados e a utilização que deles fazemos. Este tipo de exercícios é especialmente complexo num mundo em constante mudança, onde abundam “dados”.
A ciência, também ela em grande transformação, na procura das respostas precisa de ter perguntas bem formuladas, pois, como sabem, uma pergunta mal feita, dá origem a respostas erradas culminadas em más decisões de gestão.
A matemática é essencial, por ser uma ciência exata, mas não nos serve de nada se for mal utilizada. Aliás, existem dois teoremas matemáticos muito interessantes, conhecidos como os teoremas da incompletude de Gödel, que demonstram os riscos desta ciência exata. O primeiro teorema afirma que nenhum sistema consistente de axiomas, cujos teoremas podem ser listados por um “procedimento efetivo” (e.g., um programa de computador que pode ser qualquer tipo de algoritmo), é capaz de provar todas as verdades sobre as relações dos números naturais (aritmética). Para qualquer um desses sistemas, sempre haverá afirmações sobre os números naturais que são verdadeiras, mas que não podem ser provadas dentro do sistema. O segundo teorema da incompletude, uma extensão do primeiro, mostra que tal sistema não pode demonstrar sua própria consistência.
Em conclusão: a informação já não é poder, poder é conhecimento e isso só é possível com a consciência de que só com uma boa e ponderada utilização dos “dados” poderemos obter informação e depois conhecimento.