Aceleradora BGI entra na área das startups biomédicas

Imagem de RAEng_Publications por Pixabay

Aceleradora BGI entra na área de BioMedical, liderando em Portugal o programa da BioAll International Accelerator, destinado a atrair talento na área biomédica e a preparar os pesquisadores a monetizar o seu conhecimento através de uma startup.

As universidades ainda são os centros de excelência no que diz respeito ao conhecimento e à pesquisa científica na área biomédica, porém, quando se trata de conhecimentos práticos e a monetização desse conhecimento, são as incubadoras e aceleradoras que preenchem o vazio e oferecem cursos de empreendedorismo, infraestrutura, orientação e ajuda financeira. Este cenário não é exclusivo de Portugal, acontece igualmente em Espanha e Itália e, de certo modo, também nos EUA.

Um estudo publicado no Economics of Innovation and New Technology Journal sugere que a pesquisa universitária contribui substancialmente para a criação de empregos, embora apenas 7% da população empreendedora tenha mantido a parceria de pesquisa universitária. Um fato interessante é que 3,4% do total de empregos criados foram atribuídos a essas alianças.

Também de acordo com o relatório Portugal Outlook 2019, os serviços de saúde surgem em terceiro lugar entre as áreas mais financiadas em Portugal. Mas quando se analisa o investimento, é possível garantir que, para cada euro de investimento, a receita obtida pelos serviços de saúde é de apenas 0,124, colocando essa área na parte inferior da tabela.

Para resolver isso, o programa Erasmus + criou o BioAll – que em Portugal é coordenado pelo UbiMedical – com o objetivo de destacar o conhecimento e o empreendedorismo na área de BioHealth.

Uma das principais características deste programa é o plano de ação BioHealth Blueprint, construído a partir de conceitos de especialistas em ciências da saúde e parceiros do setor, com o objetivo de criar uma base para o planeamento estratégico e a promoção do crescimento nas startups da BioHealth. Para colocar isso em prática, foi também realizado, em 2019, um estudo para perceber por que os pesquisadores não estão a conseguir realizar a transferência de tecnologia, do laboratório para o mercado.

Assim, em 2020, será realizado um programa de pós-graduação destinado a pesquisadores, cujos participantes que criarem um protótipo com sucesso, poderão passar para o programa de aceleração a ser realizado em 2021. Este projeto reúne treze parceiros de três países diferentes (Portugal, Itália e Espanha) que cocriará uma pós-graduação internacional em capacidades avançadas para inovação e empreendedorismo no setor de biomédica e um programa Internacional de Aceleração Conjunta que lançará 15 startups em estágio inicial (5 em cada país parceiro).

O programa, de três anos de duração, desenhado pela aceleradora BGI, foi projetado para promover a criação de startups no setor de BioHealth, incentivando a transição entre a pesquisa académica para o empreendedorismo.

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