O mais recente relatório do Nova SBE WiTH Africa, “Business Tourism in Africa”, alerta para a necessidade de inovação contínua para aumentar a atratividade de África junto dos viajantes de negócios e impulsionar o crescimento económico do continente. A escassez de mão de obra, a oferta reduzida de rotas aéreas e os investimentos atrasados são identificados como os principais desafios que o setor enfrenta atualmente.
O turismo de negócios é crucial para o crescimento das economias africanas, mas a sua recuperação após a pandemia de COVID-19 tem sido lenta, com uma diminuição de 2,7% no desempenho global das viagens de negócios em 2020, em comparação com 2019, segundo o Fórum Económico Mundial. A maior flexibilidade de trabalho e o aumento das alternativas virtuais para reuniões de negócios têm contribuído para uma redução duradoura nas viagens de negócios.
Apesar destes desafios, o relatório identifica oportunidades emergentes, como o aumento das viagens de “bleisure” (negócios e lazer combinados) e o crescimento do nomadismo digital. No entanto, o setor precisa de se adaptar rapidamente para enfrentar a escassez de mão de obra, a conectividade aérea limitada e os atrasos nos investimentos, transformando estas barreiras em oportunidades de desenvolvimento.
O relatório destaca ainda que o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) tem sido um fator importante para o aumento das viagens de negócios em África. A Costa do Marfim, por exemplo, está a negociar um empréstimo de 5,8 mil milhões de dólares com o Banco Africano de Desenvolvimento para desenvolver a Cidade Empresarial de Abidjan como um centro de convenções de destaque.
Para melhorar a atratividade do continente, o relatório recomenda um reforço da conectividade aérea, interna e internacional, e a modernização de processos como a obtenção de vistos. Estas medidas são consideradas essenciais para aumentar o apelo de África junto dos viajantes de negócios, promover a integração regional e impulsionar o crescimento económico.
