O Impact Hub integra-se numa rede global presente em 80 cidades de 50 países. Em Lisboa, depois de um teste piloto que desenvolveu durante o ano de 2016, ganhou agora as suas instalações definitivas num espaço do Museu da Carris, em Alcântara, é lá que vão nascer as próximas startups portuguesas de vocação social e ambiental. As obras começam agora e o espaço deverá ser formalmente inaugurado em abril.
As instalações do Impact Hub Lisbon, em Alcântara, terão espaço para 60 projetos, num total de 150 pessoas, divididas entre cowork, escritórios privados e lounge, e integram salas de reuniões e uma zona para eventos. A vantagem de integrar esta iniciativa vai para lá da disponibilidade de espaço, ela assenta sobretudo no acesso a uma rede internacional de parceiros, recursos e programas, servindo de plataforma de entrada em Portugal a iniciativas sociais internacionais e abrindo canais de internacionalização a negócios com impacto mundial.
‘Portugal está estrategicamente posicionado para ser uma referência a nível internacional no empreendedorismo de impacto, quer devido ao seu posicionamento geográfico, reunindo assim todas as condições para ser um Hub entre a Europa, África e as Américas, quer a nível de acesso à inovação. Os empreendedores portugueses são dos mais inovadores a nível mundial e, muitas vezes o que lhes falta é um pouco de ambição, apoio e ajuda no passo de internacionalização e crescimento. É essa a diferença que queremos trazer’, afirma Filipe Portela, Lead Entrepreneur do Impact Hub Lisbon.
A comunidade Impact Hub Lisbon está acessível a todos os empreendedores onde podem ter um espaço, para três a quatro pessoas e simultaneamente beneficiar de programas de incubação, aceleração e scaleup, bem como de eventos e programas de formação feitos à medida das suas necessidades. A partir do momento que internacionalizem os seus projetos passam a ter acesso a um espaço de trabalho onde quer que exista um Impact Hub, em qualquer das 80 cidades que integram a rede.
A iniciativa conta com o apoio da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) que pretende apoiar a progressão das novas empresas, no sentido da sustentabilidade e do impacto duradouro das soluções sociais e ambientais que criam. O banco irá ainda participar nas várias fases do programa de aceleração como júri de ideias ou como mentor.
Para João Lopes Raimundo, administrador da CEMG, as startups dedicadas à economia social não são apenas ‘um motor de inovação e de crescimento económico, de competitividade e de criação de emprego qualificado’, mas também resolvem problemas sociais e melhoram a forma como as sociedades se solidarizam. ‘Por isso, há um alinhamento total entre o que é a atividade da CEMG e o Impact Hub no apoio a iniciativas de impacto nacional e internacional, de modo a que estas se tornem atividades sustentáveis e capazes de enfrentar com sucesso os desafios sociais e ambientais atuais e futuros’. E acrescenta ainda: ‘Queremos apoiar a criação da Farfetch da economia social’.
O conceito Impact Hub nasceu em Londres, em 2005, e transformou-se numa rede global de polos de inovação e desenvolvimento de projetos que visam a transformação da sociedade. Atualmente conta com mais de 15 mil membros espalhados por 80 cidades, formando a maior comunidade de empreendedores de impacto a nível mundial.
Em Portugal, e depois da inauguração em Lisboa, os responsáveis do Impact Hub planeiam a expansão para a cidade do Porto e a abertura de uma escola de empreendedorismo num formato não-tradicional.