Alexandre Fernandes: “Métodos de pagamento estão a evoluir para o digital”

Alexandre Fernandes, Country Manager da Klarna em Portugal
Alexandre Fernandes, Country Manager da Klarna em Portugal (Foto de Cláudio Gonçalves / Klarna Studios)

36% dos portugueses estão otimistas quanto à evolução da sua situação financeira até ao próximo ano. Portugal está mesmo entre os países onde o grupo dos otimistas supera os pessimistas. Esta visão de melhoria da sua financeira é particularmente acentuada nas faixas etárias mais jovens, uma tendência comum a todos os países da Europa estudados nesta pesquisa da Klarna.

A Klarna, plataforma global de compras e pagamentos, divulgou os resultados do seu estudo “Money Management Pulse”, onde analisou os hábitos financeiros dos consumidores em 17 países, incluindo Portugal, durante o primeiro trimestre do ano.

“No que toca aos consumidores portugueses destaca-se o facto de os consumidores se encontrarem mais positivos relativamente ao futuro das suas finanças pessoais, com a Geração Z a mostrar-se, globalmente, mais otimista” sublinha ao Empreendedor Alexandre Fernandes, Country Manager da Klarna em Portugal. “Também as preferências nos métodos de pagamento estão a evoluir para formas mais digitais, com o dinheiro “físico” a ser cada vez menos utilizado”, acrescenta.

Com efeito, do total de países analisados, três não se mostram otimistas em relação ao futuro das suas finanças pessoais: Polónia (38%), França (32%) e Áustria (28%). Já entre os portugueses, 36% dos inquiridos acredita que, daqui a um ano, a sua situação financeira mudará para melhor.

O estudo da Klarna, dedicado à análise dos comportamentos financeiros dos consumidores, indica que a maioria dos inquiridos está mais otimista em relação ao futuro das suas finanças pessoais, com a Geração Z a ser a mais otimista em relação às outras gerações.

Esse otimismo entre os mais jovens também se verifica em Portugal, onde 67% os inquiridos da Geração Z têm uma visão mais positiva, em comparação com os mais velhos, da geração Baby Boomers portugueses, que acreditam que a sua situação financeira piorará daqui a um ano (35%).

estudo da Klarna, dedicado à análise dos comportamentos financeiros dos consumidores revela crescimento nos pagamentos digitais
Foto de benzoix no Freepik

Digitalização muda comportamento face ao método de pagamento

Numa sociedade cada vez mais digitalizada, o dinheiro deixa de ser o método de pagamento preferido dos consumidores, com as preferências a evoluírem e a diversificarem-se para novas formas de pagamento. Em Portugal, 52% dos inquiridos preferem pagar com um cartão de pagamento físico, enquanto 22% optam por usar o smartphone como método de pagamento. O ‘dinheiro vivo’ ainda é a forma preferida de 21% dos portugueses.

Dos 17 países inquiridos, em 15 os cartões são método de pagamento preferido. Entre as gerações mais jovens em todos os países, as carteiras digitais são as mais populares (41% para a Geração Z e 36% nos Millennials).

A revolução dos smartphones também tem permitido novas formas de pagamento e, a nível global, a preferência pelos métodos de pagamento digitais já ultrapassou o pagamento em dinheiro. Em Portugal, a Geração Z é a faixa etária que mais prefere pagar com o smartphone (35%), enquanto os Baby Boomers são os que mais resistem a este método (10%).

“É notório que existem algumas diferenças geracionais no que toca aos métodos de pagamento preferências e mais utilizados pelos consumidores, sendo nas gerações mais jovens, em todos os países, que as carteiras digitais são as mais populares, enquanto os mais velhos são os que se mostram mais reticentes”, explica Alexandre Fernandes.

estudo da Klarna, dedicado à análise dos comportamentos financeiros dos consumidores mostra que população mais velha prefere pagar em dinheiro
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Menos dinheiro na carteira

O estudo revela ainda que a proximidade geográfica entre países pode influenciar algumas das preferências no tipo de pagamento, com a Alemanha e a Áustria a destacarem-se pela elevada preferência pelos pagamentos em dinheiro, em contrapartida, os consumidores nos países nórdicos raramente recorrem ao dinheiro, preferindo a utilização dos cartões de pagamento físicos.

“A digitalização dos pagamentos é um passo natural que tem vindo a acompanhar a evolução tecnológica que vivenciamos e que foi impulsionada durante os anos da pandemia COVID-19, com muitas marcas a direcionarem-se para as plataformas online para garantirem a sobrevivência dos seus negócios”, frisa Alexandre Fernandes.

Esse recurso ao digital reflete-se também na quantidade de dinheiro que os consumidores levam consigo no dia-a-dia. Este valor varia de país para país, sendo certo que a inflação e o aumento do custo de vida têm um impacto significativo nos seus hábitos de consumo.

Nos Estados Unidos, por exemplo, um norte-americano tem, em média, 189 dólares na carteira, o dobro da média global e quatro vezes mais que o valor em dinheiro que é encontrado na carteira dos consumidores suecos. Em Portugal, os consumidores inquiridos revelaram ter, em média, 108 euros nas suas carteiras, e fazem uma média mensal de três levantamentos em dinheiro.

Apesar do aumento de vendas no comércio online, os consumidores continuam a preferir a compra em loja física. Em Portugal, 30% dos consumidores portugueses inquiridos pelo Klarna Shopping Pulse dizem que pesquisam sempre online antes de se dirigirem a uma loja física, e outros 60% indicam que fazem essa pesquisa ocasionalmente, antes de se dirigir presencialmente à loja.

cartões são o modo de pagamento preferido na maioria dos países da Europa, segundo estudo da Klarna, dedicado à análise dos comportamentos financeiros dos consumidores
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“Na verdade, os consumidores encontram aspetos positivos tanto na compra online como presencial e o atual desafio para as marcas é o de conseguirem encontrar formas de inovar para proporcionarem a mesma experiência positiva tanto no online como no offline”, diz Alexandre Fernandes.

“Por exemplo, para o tipo de consumidor que considera os pagamentos mais seguros em loja física (81% segundo o nosso Shopping Pulse), o retalhista deve implementar soluções de checkout seguras como as da Klarna para tranquilizar os seus clientes. Por outro lado, para quem aprecia a diversidade de produtos que existe na loja online, o retalhista deve ter a capacidade de verificar o stock existente em loja física, para garantir que o cliente encontra o produto que pretende” sugere o Country Manager da Klarna em Portugal.

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