Algarve Lidera na Taxa de Esforço para Comprar Casa em Portugal

Seis dos dez municípios com maior esforço para comprar casa localizam-se no Algarve, com 150% do rendimento familiar necessário.

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Seis dos dez municípios portugueses que mais esforço exigem para a compra de habitação localizam-se no Algarve, com Lagos a liderar a lista, segundo os dados mais recentes da idealista/data. A taxa de esforço, que mede o peso da habitação sobre o rendimento líquido das famílias, atinge níveis críticos em Lagos, onde é necessário 150% do rendimento médio familiar para adquirir uma casa.

Outros municípios algarvios como Loulé (137%), Albufeira (128%), Silves (127%), Faro (99%) e Portimão (91%) também figuram entre os mais exigentes. Lisboa (101%) e Cascais (114%) são exemplos fora do Algarve que também apresentam elevadas taxas de esforço.

Municípios com Menores Taxas de Esforço

No extremo oposto, os municípios de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, e Vouzela, em Viseu, destacam-se por terem as menores taxas de esforço do país, ambas a 15%. Moura, Soure, Guarda e Baião apresentam taxas semelhantes, que não ultrapassam os 19%, proporcionando um contraste significativo em relação às exigências do Algarve e das áreas metropolitanas.

As diferenças entre os municípios e distritos são acentuadas. No distrito de Faro, a diferença entre o mercado mais exigente, Lagos, e o menos exigente, Vila Real de Santo António (86%), é expressiva. Nacionalmente, Lagos exige 128 pontos percentuais a mais do que Seia, o mercado mais caro da Guarda.

Já entre os mercados com menor esforço, as diferenças são mais moderadas, variando de 15% em Idanha-a-Nova e Vouzela até 86% em Vila Real de Santo António.

Tabela de taxa de esforço por municípios (fonte Idealista)

A análise considera uma habitação “típica” de dois quartos, com preços medianos recolhidos pelo idealista. A taxa de esforço é calculada com base no rendimento líquido médio das famílias, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e condições médias de crédito publicadas pelo Banco Central Europeu (BCE).

Os dados demonstram as desigualdades no mercado imobiliário português, com o Algarve a concentrar mercados extremamente exigentes, enquanto áreas do interior e de menor densidade populacional oferecem condições significativamente mais acessíveis para a compra de habitação.

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