Tem uma ideia de negócio, mas não tem forma de investir? Ou a sua empresa precisa de boost monetário para crescer? Saiba que existem alternativas ao crédito tradicional prestado pelas instituições financeiras que em algumas circunstâncias podem ser uma boa opção de financiamento empresarial.
No entanto, antes de consultar as alternativas saiba que os bancos portugueses oferecem diferentes tipos de Crédito Pessoal. Este tipo de crédito permitir-lhe-á, de uma forma relativamente simples, pedir um valor específico de dinheiro e reembolsá-lo através de prestações fixas durante um determinado prazo.
Com este investimento poderá comprar equipamento eletrónico ou até colocar painéis solar na empresa, por exemplo. Antes de decidir o crédito que irá escolher, deverá ter em atenção quatro caraterísticas deste tipo de produto.
Por um lado, o prazo de financiamento. Quando um empréstimo é aprovado, passa a existir um contrato vinculativo com a instituição financeira que, no caso de não pagar as suas prestações mensais, poderá ter consequências ao nível dos juros. Note que, quanto maior for o prazo de pagamento, menor o valor que irá pagar ao final do mês.
Todas as opções de crédito pessoal têm taxas de juro associadas que correspondem à Taxa Anual Efetiva Global (TAEG). Esta abrange os encargos com juros, todas as comissões bancárias, as despesas do processo e também os custos dos seguros associados às soluções de crédito pessoal. Ao comparar diferentes soluções de crédito pessoal deverá ter em consideração o mesmo prazo de pagamento e o mesmo montante de financiamento e ainda o valor dos seguros associados.
Outra caraterística a ter em conta é o Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC), isto é, o custo total que irá pagar pelo montante solicitado pelo banco. Além do valor de financiamento, no MITC estão incluídos a taxa de juro, os impostos a pagar, os seguros subscritos e restantes encargos associados ao crédito.
Por fim, e não menos importante, estão os seguros associados às soluções de crédito pessoal, sendo que os mais comuns são: o seguro de vida, o de desemprego e o de doença. Estes seguros asseguram que – em caso de invalidez, por exemplo -, seja efetuado o pagamento do valor da dívida. Regra geral, o valor do seguro a pagar pelo devedor está incluído no MTIC, acabando por ser subtraído pelas diversas prestações mensais a pagar durante o contrato de crédito. Porém, os seguros de crédito pessoal são, na maioria das vezes, quase obrigatórios para que os bancos aceitem o seu pedido de crédito.
Qualquer que seja a finalidade do montante solicitado importa saber qual o crédito que melhor se adequa aos seus objetivos. Para isso, compare e consulte todas as opções em sites especializados.
Quanto às alternativas ao financiamento empresarial propriamente ditas podemos considerar:
Investidores
A partir de um plano de negócio ou apenas de uma ideia, ainda que esteja numa fase embrionária, poderá despertar o interesse de um ou mais investidores. Além de investirem em pequenos negócios que consideram ter potencial, em troca de uma parcela do seu negócio, estes business angels podem também ajudá-lo com coaching e mentoring, podendo trazer uma orientação estratégica bem delineada, devido à experiência e know-how que detém.
Concursos para startups
Se no seu caso tiver apenas uma ideia, há um conjunto de competições nacionais e internacionais que têm como objetivo apoiar iniciativas de empreendedorismo e startups. À semelhança dos investidores, o vencedor de um determinado concurso terá acesso tanto a um prémio monetário, bem como a sessões de coaching e mentoring.
Existem ainda incentivos públicos como os programas no âmbito do Portugal 2020, uma iniciativa que disponibiliza mais de 25 milhões de euros para financiamento empresarial de PMEs. A nível local, as próprias câmaras municipais concedem diversos apoios, pelo que deverá informar-se sobre os procedimentos junto da entidade administrativa da sua região.
Crowdfunding
Também conhecido como financiamento coletivo, o crowdfunding é uma técnica com cada vez mais adeptos, que consiste em adquirir apoio financeiro através de uma plataforma online. Se tiver uma boa ideia poderá conseguir captar o investimento não só de empresas, como também de qualquer pessoa que esteja interessada em investir no seu projeto.
E como se pode inscrever? É simples: em primeiro lugar, deverá escolher uma plataforma online de crowdfunding. Existem várias: Crowdfunder, Gofundme, Indiegogo, Edebex, Raize e Portugal Crowd são apenas alguns exemplos. De seguida, deverá criar uma campanha com a sua ideia de negócio, estabelecendo a meta financeira a atingir. Por fim, deverá partilhar a campanha nas suas redes sociais e através de outras formas de divulgação, as quais poderão ajudar a angariar mais apoios. Os potenciais investidores poderão investir a título gratuito ou em troca de uma contrapartida simbólica.
Ao terminar o prazo, caso o objetivo tenha sido atingido, receberá o total dos fundos, consoante a plataforma escolhida para o efeito (normalmente, os sites de crowdfunding cobram cerca de 5% do montante angariado). Se, no entanto, não conseguir atingir o fim pretendido, os apoios financeiros serão devolvidos a quem investiu.
Independentemente da plataforma que escolher, seja nacional ou internacional, antes de o fazer, deverá certificar-se de que esta está registada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Além disso, deverá ter em atenção todas as informações que estas plataformas disponibilizam, nomeadamente sobre a finalidade do projeto, o prazo, o valor recolhido e o valor total necessário para o seu projeto avançar.