A Argentina, país no extremo sudoeste da América do Sul, é um Estado republicano e federal, constituído por 23 províncias, cuja capital é Buenos Aires. Faz fronteira com a Bolívia, o Paraguai, o Brasil, o Uruguai e o Chile. Territorialmente muito extenso (3.761.274 Km de superfície total), tem uma população superior a 40 milhões de habitantes, cuja língua oficial é o espanhol. Celebra oficialmente a sua independência a 9 de julho. Em larga maioria, a população professa a religião Católica.
Boas práticas protocolares a ter em conta para quem vai contactar profissionalmente com esta cultura:
A pontualidade não é uma característica dos Argentinos. Atrasos, que podem chegar a ser de meia hora, são frequentes. Contudo, espera-se a observância de horários por parte dos estrangeiros.
Em contexto profissional o aperto de mão é o cumprimento adequado; porém, é frequente que entre si se cumprimentem com beijos no rosto.
Em termos de tratamentos verbais, usa-se o ‘señor/señora‘ para pessoas de maior estatuto e mais velhas. É frequente tanto que os executivos mais jovens se tratem pelo primeiro nome, como o tratamento generalizado apenas pelo apelido. Não é aconselhável iniciar tratamentos por ‘tu’, devendo recorrer-se ao ‘usted‘. Os títulos académicos são, genericamente, ainda muito utilizados (por exemplo, ‘Doctor‘ e ‘Ingeniero‘). Na Argentina só se utiliza o primeiro apelido, que é o do pai.
Eloquência, sofisticação e correção na linguagem são características muito apreciadas em contexto profissional.
Qualquer encontro profissional começa com conversa de circunstância. É de bom gosto e de bom senso evitar falar sobre o período da ditadura militar, sobre a Guerra das Malvinas (a política é um ponto fraco para os Argentinos). Um tema de conversa que apreciarão muito será o futebol (pelo qual são verdadeiramente apaixonados), o tango e a literatura. Durante refeições, mesmo de contexto profissional, não se deve falar de negócios.
Qualquer comparação com outros países da América Latina (sobretudo com o Brasil!) é absolutamente de evitar. Também se verifica alguma ‘rivalidade’ das cidades argentinas entre si, designadamente face a Buenos Aires.
Quem não come carne, não terá a vida muito facilitada… As especialidades gastronómicas argentinas passam por todo o tipo de carnes, especialmente em churrasco.
Tal como em muitos outros países, a apresentação visual é muito importante: da aparência externa retiram conclusões acerca da personalidade e outras, pelo que os estrangeiros devem ser cuidadosos e optar pela formalidade e pelo bom gosto.
Se comparados com culturas vizinhas, os argentinos são considerados mais formais mas, igualmente, menos abertos à mudança. O processo de negociação é demorado e pode exigir investimento na criação de um relacionamento de confiança pessoal. Genericamente são adversos ao risco. Atingir a conclusão absoluta de um negócio, com sucesso, além de prolongado, pode ser um processo sujeito a avanços e recuos.
Em caso de ser necessário lidar com entidades governamentais, poderá revelar-se útil o apoio de um parceiro local. A burocracia ainda é complexa e pesada.
Factos históricos, sociais, políticos e económicos ocorridos ao longo dos tempos fazem com que os Argentinos se sintam mais confortáveis a pensar/atuar a médio do que a longo prazo.
É fundamental encontrar a pessoa certa/o decisor dentro de cada estrutura organizacional, de outro modo qualquer processo se tornará ainda mais demorado. A palavra (e não só o contrato) continua a deter um valor importante.
É frequente que as reuniões sejam demoradas, barulhentas, num ambiente de enorme vivacidade, em que vários intervenientes podem falar ao mesmo tempo, com várias interrupções recíprocas. Entediantes não serão, certamente!