Só é possível inovar, se a inovação estiver na agenda da sua empresa. Isso implica reter, motivar e valorizar pessoas que trazem consigo potencial criativo.
Porquê inovar?
Essencialmente é uma vantagem competitiva que posiciona o seu produto/serviço e o destaca perante a concorrência, permitindo aceder a novos mercados e desta forma aumentar as receitas. Mas inovar é igualmente essencial para a mudança social, para resolver questões prementes da vida atual principalmente num contexto de crise económica, em que se torna necessário fazer mais com menos e as empresas se posicionam cada vez mais como alternativas de resposta aos desafios sociais.
Essencialmente, uma empresa que inova é uma empresa que olha para o futuro e pensa de forma prospetiva sobre o seu negócio. Como estará o mercado dentro de 10 anos? O que procurarão/precisarão os nossos clientes? Só é possível inovar, se inovar estiver na agenda da sua empresa. Isso implica reter, motivar e valorizar pessoas que trazem consigo um potencial de inovação e coloca-las a fazer isso mesmo: inovar!
Como reconhecer a capacidade de inovar?
De acordo a revista EXAME, existem mentes mais propensas à inovação, que se habituaram a ‘pensar fora do quadrado’ por assim dizer. São geralmente pessoas que vivem numa inquietação permanente, nunca perdendo o foco e guiando-se por valores claros. Rodeiam-se por pessoas excelentes no que fazem e não se sentem intimidadas por quem é melhor do que elas. Pensam em grande, de forma ambiciosa e sistémica, criando soluções que são melhores para todos: pessoas, empresas e planeta.
Mas isso não quer dizer que inovar seja uma exclusividade dessas mentes, ou que essa capacidade não possa ser treinada. Por vezes inovamos quando temos uma ideia simples, que funciona, é vendável e que responde a uma necessidade ou anseio dos consumidores/utilizadores. Para isso, existem vários recursos que nos podem ajudar, como os das organizações que se dedicam a analisar as tendências do mercado, i.e., nos dizem o que os consumidores procuram agora e no futuro, que tipo de características querem ver nos produtos e serviços e que os farão escolher uns em detrimento dos outros.
uma empresa que inova é uma empresa que olha para o futuro
1. INSTANT SKILLS – criar algo vai ser mais importante que ter algo, o que é muito evidente pelo sucesso dos sites ‘do it yourself’ que nos permitem ter acesso a serviços profissionais imediatos. Esta tendência vem na linha do esbatimento entre produtores e consumidores – os novos prossumidores.
2. FAST-LANING – o fim das filas! Cada vez mais o consumidor tem menos tempo, mas não quer deixar de usufruir dos produtos de qualidade a que está habituado. Tudo o que for mais rápido do que a alternativa vai ganhar novos clientes!
3. FAIR SPLITTING – E se os serviços online e via telemóvel não só permitam poupar tempo, como partilhar custos com outros consumidores? Podemos já encontrar no mercado novos serviços que permitem dividir custos e recursos. Descubra-os!
4. INTERNET OF SHARED THINGS – os novos comportamentos de consumo levam cada vez mais pessoas a procurar sites de partilha, troca e colaboração, onde poupar custos se alia a conhecer novas pessoas.
5. BRANDED GOVERNMENT – já lá vai o tempo da separação entre a ação cívica e as empresas: cada vez mais o consumidor prefere marcas que aliam bons produtos à verdadeira e honesta responsabilidade social, tendendo ainda para as que mostram transparência em todo o ciclo do produto.
6. POST-DEMOGRAPHIC CONSUMERISM – os padrões de consumo não se limitam mais à tradicional análise de mercado baseada na demografia: as pessoas estão cada vez mais livres e as suas escolhas estão cada vez menos dependentes de idades, culturas, estatutos, morada, rendimentos e género.
7. CURRENCIES OF CHANGE – porque o bom comportamento não é (só) uma recompensa em si mesmo, cada vez mais marcas apostam em sistemas de prémios, descontos e incentivos personalizados para atrair e reter os seus clientes. Mostre que se preocupa e que pensa nas necessidades do consumidor e da comunidade (este sistemas estão cada vez mais a ser utilizados para combater a inércia e promover contributos para ações sociais e cívicas).
8. SYMPATHETIC PRICING – os preços sempre foram um elemento de grande importância na hora de comprar. Descontos e promoções são sempre boas apostas, pense em formas inovadoras de o fazer, aliando por exemplo o valor do desconto a um evento de muita visibilidade. O investimento vai valer a pena, se puser todos a falar do nseu produto/serviço!
9. ROBOLOVE – além de reduzir custos, a tecnologia pode ainda ter um papel na satisfação do cliente promovendo um atendimento mais rápido, mais eficaz, mais próximo e mais conveniente! E o melhor é que pode libertar os recursos humanos para tarefas mais criativas e que lhes deem mais prazer (como inovar!), o que vai aumentar o seu desempenho e na sua atenção aos clientes!
10. BRAND STANDS – se pensa que a sua empresa não se deve envolver em assuntos políticos e sociais, engana-se! Cada vez mais o consumidor espera que as empresas tomem posições e as assumam, usando o seu poder de influência para levar mais pessoas a envolver-se também. E quanto mais genuína for a sua adesão à causa melhor. Acredite, o cliente do séc. XXI vai perceber!
Depois disto, não há mais desculpas para não aumentar a inovação na sua empresa, ou criar algo inovador! Ande munido de um pequeno caderno ou instale uma boa aplicação de notas no telemóvel. Aqui vão algumas dicas para se inspirar no seu dia-a-dia :
- Saia da rotina (vá a sítios e esteja com pessoas diferentes, compre e leia coisas sobre temas muito diferentes, faça coisas diferentes: desafie a sua zona de conforto)
- Olhe para o que o aborrece e irrita de forma construtiva (como é que eu poderia tornar este produto/serviço melhor?)
- Pense no seu dia-a-dia e escreva uma lista do ‘que eu gostava que fosse inventado e ainda não foi?’