Apenas 30% dos portugueses acreditam na proteção de dados nas lojas online

Lojas online ainda longe da confiança da maioria dos portugueses
Imagem de mohamed Hassan por Pixabay

O Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) entrou em vigor em maio de 2018 e levou a várias mudanças nas empresas, nomeadamente na forma como gerem os dados e as informações dos consumidores.

No entanto, segundo dados do Observador Cetelem E-Commerce 2019, como resultado de um inquérito realizado a mil consumidores, ainda são poucos os portugueses a acreditar que as lojas online protegem os seus dados e que não os partilham sem autorização (30%), com 35% a concordar que os seus dados são utilizados para fins comerciais. Os inquiridos na Grande Lisboa são os mais confiantes na proteção de dados pessoais (39%) enquanto os inquiridos do Grande Porto (23%) são os menos confiantes.

Já quando questionados sobre cibersegurança, 36% dos inquiridos consideram as lojas online seguras, ainda que 40% receiem possíveis situações de fraude. Por outro lado, apenas 30% estão confortáveis com o fornecimento de dados para pagamento de compras em lojas online (30%). Numa análise mais detalhada, é possível observar que os inquiridos na região Norte (43%) têm mais receio destas situações, seguido dos da Grande Lisboa (41%).

Conhecimento de expressões digitais

O crescente uso da Internet e do recurso à rede para transações comerciais tem conduzido também à multiplicação de novo vocabulário que reflete práticas associadas às inovações tecnológicas. Por esta razão, no Observador Cetelem E-Commerce 2019 procurou-se perceber até que ponto os consumidores conheciam oito expressões selecionadas para o inquérito: cookies, https://, realidade virtual, Inteligência Artificial, Marketplaces, Hashtag, WebAnalytics e Realidade Aumentada.

A conclusão é que, em média, apenas 40% dos portugueses conhecem estas oito expressões. De forma talvez não surpreendente, o conhecimento é maior entre os que são compradores online frequentes, possuindo maior conhecimento de conceitos como cookies (93%); https:// (92%); realidade virtual (84%) e Inteligência Artificial (79%), do que de expressões como Marketplaces (35%); Hashtags (34%); WebAnalytics (32%) ou Realidade Aumentada (31%).

Foto: Observador Cetelem

Parceiros e Metodologia

O inquérito quantitativo do Observador Cetelem e-Commerce 2019 foi realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen. Teve por base uma amostra representativa de 1000 indivíduos residentes em Portugal Continental, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos de idade. A amostra total (1000) é representativa da população e está estratificada por distrito, sexo, idade e níveis socioeconómicos e conta com um erro máximo associado de +/- 3.1 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas telefonicamente (CATI), com informação recolhida por intermédio de um questionário estruturado de perguntas fechadas. O trabalho de campo foi realizado entre 12 e 23 de março de 2019.

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