A Associação 351 e a Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas (ESOP) uniram esforços para liderar o projeto Nuvem em Portugal. O objetivo desta iniciativa é promover políticas públicas e práticas privadas que favoreçam um melhor funcionamento do mercado de cloud, tornando-o mais justo e competitivo.
Em poucos meses desde o seu lançamento, o projeto Nuvem já atraiu mais de uma dezena de entidades, no entanto, de acordo com o Índice de Economia e Sociedade Digital (DESI) de 2022, o país ainda se encontra abaixo da média europeia no que diz respeito à adoção de tecnologias digitais. Portugal fica cinco pontos percentuais abaixo da média europeia, com apenas 29% de adoção, enquanto a média europeia é de 34%.
Com o intuito de reverter essa realidade, a Associação 351 e a ESOP uniram forças para permitir que mais empreendedores tenham acesso às ferramentas adequadas para levar os seus projetos mais longe.
Elisa Tarzia, membro da equipe de promotores da iniciativa e Vice-Presidente da 351, defende que “a cloud é cada vez mais uma ferramenta essencial, baseada na proposta de valor de muitas novas ideias e projetos digitais. Portanto, apoiamos com afinco o acesso democratizado a essa tecnologia.”
O movimento Nuvem defende que o setor público deve desempenhar um papel determinante no desenvolvimento de uma indústria digital dinâmica, especialmente no que se refere ao ecossistema competitivo de cloud com potencial de crescimento. Além disso, o projeto desempenha um papel crucial ao estabelecer um modelo de contratação pública alinhado com as melhores práticas de promoção de concorrência livre e equitativa.
“O reconhecimento no mercado das tecnologias da informação de um ecossistema cloud nacional é um fator para impulsionar a Economia Portuguesa e para a soberania e autonomia digitais”, sublinha Gerardo Lisboa, membro da equipa de promotores da iniciativa e Presidente da Direção da ESOP.
As duas organizações têm como objetivo conjunto promover políticas públicas e práticas privadas que melhorem o desempenho do mercado e beneficiem todos os atores da cadeia de valor, desde os fornecedores de tecnologias até o consumidor final. A Associação 351 – Associação Portuguesa de Startups, foi fundada em 2019 como um organismo informal de apoio ao ecossistema português de startups e, em 2022, tornou-se uma Associação Sem Fins Lucrativos. Em apenas 4 anos, tornou-se a maior e mais ativa comunidade de startups do país, contando atualmente com 1300 membros, mais de 10 iniciativas apoiadas e 60 voluntários inscritos.
Já a Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas (ESOP), representa as empresas portuguesas dedicadas ao desenvolvimento de software e à prestação de serviços baseados em tecnologias Open Source. Ela representa também, em Portugal, os mais importantes organismos do Open Source mundial.