Você pode estar perdendo negócios por não analisar um ponto específico. Saiba o que investidores e grandes empresas estão buscando.
Analisando a situação econômica brasileira atual, é possível identificar claramente dois motivos pelos quais as pessoas decidem abrir um negócio: a necessidade de gerar renda pela redução da oferta de emprego e a vontade de empreender para entregar algo novo à sociedade.
No primeiro motivo, a tendência é replicar um modelo já testado, empregando esforços na conquista de clientes que já conhecem aquele serviço ou aquele produto. Já o segundo motivo exige um esforço muito maior, pois o consumidor nunca teve contato com aquela novidade. O benefício, neste caso, é usufruir da exclusividade do produto/serviço pelo menos até que surjam concorrentes em busca da fatia de mercado ainda não alcançada pela empresa inovadora.
Seja qual for o modelo de negócio escolhido para empreender, uma das condições necessárias para dar sustentabilidade à empresa é proteger a Propriedade Intelectual gerada.
Quando falamos em startups, invariavelmente pensamos em um negócio estruturado para receber um aporte financeiro que permita dar escala ao produto ou ao serviço.
Esse aporte tem sido realizado, basicamente, por investidores-anjo e fundos de investimento de capital semente, os quais analisam uma série de fatores antes de aplicar recursos em uma empresa. Dentre eles, está a Propriedade Intelectual, muito valorizada por investidores não brasileiros, principalmente pela intenção em escalar o negócio de maneira global, e não só regional.
É interessante dizer que os investimentos não têm sido apenas de investidores-anjo ou fundos de investimento. Grandes empresas também estão focando suas atenções às startups, interessadas na compra dos ativos de Propriedade Intelectual. Neste caso, é primordial estar protegido ou em vias de proteção.
Segundo Antonio Marcon, gerente de pesquisa e desenvolvimento da SAMSUNG, o Brasil precisa pensar em negócios que possam atuar de maneira global ‘com um foco na construção de propriedade intelectual de produtos’.
Mesmo que um negócio não tenha, aparentemente, o perfil de escala buscado por grandes investidores, o empreendedor precisa estar atento aos ativos intelectuais gerados na empresa para que possa, a qualquer momento, se beneficiar comercialmente com a sua criação.
Portanto, quem está empreendendo ou querendo empreender também deve estar preparado do ponto de vista da Propriedade Intelectual, especialmente startups que se preparam para receber investimento e dar escala ao negócio.