Obter um financiamento pode ser um processo complexo, especialmente num cenário económico desafiante. João Pereira, CEO da Gestlifes, uma mediadora de crédito bancário, revela os critérios fundamentais para a aprovação de um crédito ao consumo ou habitação em 2024.
Em abril, o crédito ao consumo atingiu um recorde de 2,7 mil milhões de euros, indicando um aumento na procura de empréstimos pelas famílias portuguesas, principalmente para a compra de automóveis. Porém, com a procura crescente, os bancos ajustam os seus critérios para gerir o risco dos clientes.
“No contexto de inflação e de subida das taxas de juro que vivemos atualmente, a generalidade das financeiras têm critérios mais apertados para conceder financiamentos”, afirma João Pereira.
Grupos como trabalhadores a recibos verdes, estudantes, desempregados ou clientes sem rendimentos em Portugal são os que enfrentam mais dificuldades na aprovação de crédito. No entanto, incluir um segundo titular no contrato, que cumpra os critérios mencionados, pode aumentar significativamente a probabilidade de aprovação.
Para ter um pedido de crédito aprovado, os bancos e instituições financeiras avaliam vários fatores chave:
- Idade: Ter mais de 26 anos é um critério importante;
- Emprego estável: Um contrato de trabalho com mais de 12 meses, seja a termo certo ou efetivo, é preferível;
- Rendimentos: Ganhos mensais superiores a 900€. Para trabalhadores independentes ou com menos de 3 anos de atividade em IRS, os rendimentos devem ser superiores a 1250€ mensais;
- Taxa de esforço: Esta deve ser inferior a 50%, embora para créditos consolidados possa ser até 60%;
- Histórico de crédito: Não ter outro contrato de crédito formalizado nos 60 dias anteriores;
- Residência: Ser português ou, se estrangeiro, possuir título de residência permanente.
João Pereira é CEO da Gestlifes, entidade que gere a plataforma CréditoPessoal.pt, focada em fornecer conteúdos de literacia financeira. O objetivo é capacitar os clientes a aceder às melhores soluções de crédito e seguros, promovendo um futuro financeiro mais equilibrado.
