BCG alerta: inovação alimentar é chave para futuro sustentável

Carlos Elavai defende que investir em soluções inovadoras é essencial para transformar o sistema alimentar e reduzir o impacto climático

Na foto: Carlos Elavai, Managing Director e Partner da BCG em Lisboa.

“A transformação do sistema alimentar global exige soluções inovadoras para tornar a produção e o consumo mais sustentáveis e eficientes”, afirma Carlos Elavai, Managing Director e Partner da Boston Consulting Group (BCG) em Lisboa. A posição surge no contexto do novo estudo da BCG, realizado em parceria com o World Economic Forum, que revela que a indústria alimentar é responsável por um terço das emissões globais de gases com efeito de estufa e sublinha a necessidade urgente de acelerar a inovação para reduzir o seu impacto ambiental.

O relatório “Global Food Systems Are Under Pressure. Innovation Hubs Can Help” destaca que práticas como a agricultura regenerativa podem armazenar até 120 mil milhões de toneladas de CO₂ até 2050. Soluções como a irrigação inteligente e a substituição de proteínas animais por alternativas vegetais também têm o potencial de diminuir significativamente as emissões e o consumo de recursos.

Foto de Freepik

Apesar do potencial, a inovação alimentar tem atraído apenas 8% do investimento total destinado a tecnologias climáticas. Custos elevados de produção, falta de regulamentação favorável, resistência dos consumidores e limitações infraestruturais são apontados como os principais entraves à sua expansão.

O estudo defende que a resposta a estes desafios só será possível através de uma abordagem integrada. O setor privado, os governos, as instituições financeiras, os agricultores e os consumidores precisam de atuar em conjunto para gerar e escalar soluções inovadoras que garantam sistemas alimentares mais resilientes, inclusivos e sustentáveis.

Iniciativas como os Food Innovation Hubs, desenvolvidos pelo World Economic Forum, surgem como exemplos de modelos colaborativos bem-sucedidos que visam adaptar as inovações alimentares às realidades locais, promovendo a transição para práticas agrícolas e alimentares mais responsáveis.

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