BGI promove empreendedorismo feminino no setor agroalimentar

Foto: EWA/EIT Food

A BGI anunciou a lista de startups finalistas no programa de aceleração de empreendedorismo feminino para o setor agroalimentar. A iniciativa decorre no âmbito da EIT Food e visa eliminar a lacuna de género num setor onde as mulheres dificilmente ocupam lugares de liderança.

Os projetos agroalimentares de 10 empresárias estão a ser apoiados este ano pela maior organização alimentar da Europa. A EIT Food é uma aceleradora europeia orientada para a alimentação. Através do seu programa de aceleração Empowering Women in Agrifood (EWA), apoia empresas ou projetos liderados por mulheres e iniciados há menos de 2 anos.

Esta é a 2ª edição do programa que chegou a Portugal no ano passado, liderado em Portugal pela Building Global Innovators (BGI), e que obteve resultados muito satisfatórios no mapeamento, apoio e lançamento de projetos inovadores na área agroalimentar, criados por mulheres, como as startups AgroGrIN Tech, fundada por Débora Campos, Papinhas da Xica, de Sandra Santos e Detox in a Box, criada por Inês Góis.

Em 2021, a divisão alimentar do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT) voltou a lançar o apelo às empreendedoras europeias, através da sua rede de aceleradoras de Portugal, República Checa, Espanha, Bulgária, Lituânia, Turquia, Polónia e Roménia. O objetivo permanece o mesmo: eliminar a desigualdade de género, uma vez que apenas 28% das mulheres no setor têm altas responsabilidades nas explorações agrícolas e pecuárias da União Europeia.

Com o apoio da aceleradora portuguesa BGI, esta iniciativa visa equipar as participantes com o conhecimento, as ferramentas e os contatos apropriados para iniciarem e desenvolverem negócios sustentáveis.

O programa está em curso desde junho, e agora as 10 empreendedoras finalistas da edição portuguesa fazem parte de um programa educacional e de mentoria personalizado e adaptado aos seus desafios específicos.

As 10 Finalistas

Os projetos liderados por empreendedoras do setor agroalimentar são a Epic Humus, uma marca dedicada à divulgação e produção de húmus para consumo alimentar; a NutriKitchen é uma Escola de Culinária Saudável que oferece aprendizagens baseadas na educação alimentar; ou a MiAM, um serviço de entrega de produtos frescos de mercearias comprados diretamente a produtores independentes e locais na região de Lisboa.

Entre os finalistas está ainda a Raíz, um projeto que cria hortas verticais através de hidroponia, visando a venda de produtores a restaurantes e hotéis; a BioCosmos que desenvolve produtos de cosmética baseado em resíduos derivados do processo de vinificação de vinho de talha; e a Ponto V que produz alimentos pré-cozinhados vegetarianos e vegan.

A Vegan Steaks é outro projeto de mulheres empreendedoras que integra o programa. A empresa desenvolve e comercializa bifes vegan; a Muka é outro projeto que introduziu um novo segmento de produtos no mercado de queijos vegan, combinando técnicas de fabrico artesanal com a adição frutos secos; a NutriFoods desenvolveu snacks com propriedades nutricionais para reduzir a obesidade infantil; e a Do Bosque que propõe pequenos cubos de frutas com reduzido teor de açúcar.

O EWA termina em dezembro de 2021, com a competição final do programa. Neste evento, a candidata que realizar o melhor pitch receberá um prémio monetário no valor de 10.000 euros, fornecido pelo EIT Food.

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