96% das organizações já apostam na biologia sintética e a maioria planeia aumentar os investimentos nesta área nos próximos cinco anos, impulsionadas pela sustentabilidade e pela redução de custos operacionais.
Um estudo do Research Institute da Capgemini revela que 96% das empresas já estão a investir na biologia sintética, prevendo um aumento dos investimentos nos próximos cinco anos. A biologia sintética, que combina biologia com engenharia, IA e técnicas computacionais, visa criar ou reformular sistemas biológicos para fins úteis, sendo considerada uma força motriz para a sustentabilidade e a inovação em todos os setores.
De acordo com o estudo “Unlocking the power of engineering biology: The time is now“, quase todos os gestores (99%) esperam mudanças radicais na aplicação da engenharia biológica nos próximos cinco a dez anos. As empresas reconhecem o seu potencial para reduzir emissões, melhorar a eficiência e promover a sustentabilidade. Roshan Gya, CEO da Capgemini Invent, destaca que “a bioeconomia oferece oportunidades ilimitadas às empresas, desde a captura de CO2 a medicamentos de última geração.”
Desafios na Adoção em Larga Escala
Apesar do entusiasmo, o estudo identifica desafios na adoção das biosoluções em larga escala, como a falta de infraestruturas adequadas, escassez de profissionais qualificados e necessidade de maior literacia no setor. As empresas sublinham a importância da IA para acelerar a adoção, com 98% a usarem esta tecnologia para aumentar a eficiência dos processos de investigação e desenvolvimento.
A sustentabilidade é apontada como o principal impulsionador do interesse das empresas na biologia sintética. Contudo, os gestores reconhecem que as biosoluções devem ser cuidadosamente avaliadas ao longo do seu ciclo de vida para garantir a sua eficácia e viabilidade comercial. O estudo sugere que a aplicação de tecnologias como robótica e digital twins pode também acelerar a adoção das biosoluções.
Para responder à procura crescente e acelerar a inovação, a Capgemini investiu num laboratório de biotecnologia orientado por IA, localizado na sede da Cambridge Consultants no Reino Unido. Este laboratório alia IA, ciência de ponta e engenharia para reduzir custos e acelerar o tempo de comercialização de produtos em vários setores.
