A Mayo Clinic está a utilizar a tecnologia de bioimpressão 3D para produzir modelos de tecidos humanos, permitindo o estudo de órgãos e tecidos danificados ou doentes. Esta tecnologia inovadora tem o potencial de revolucionar tratamentos para distúrbios complexos, moldando células vivas em estruturas tridimensionais.
Kevin Dicker, especialista em bioimpressão na Mayo Clinic, explica que as bioimpressoras 3D utilizam materiais biocompatíveis contendo células vivas, em vez de plásticos ou metais, para criar tecidos que podem ser usados na melhoria da saúde humana. Esta tecnologia acelera a pesquisa no campo da engenharia de tecidos, facilitando o estudo da progressão de doenças e a análise de novos tratamentos para falência de órgãos, defeitos da cartilagem e dermatite atópica.
Os modelos digitais usados na bioimpressão 3D são gerados a partir de imagens médicas, como RM ou TC. As biotintas compostas por células vivas, hidrogéis e biomateriais são utilizadas para criar camadas que formam estruturas complexas, simulando a fisiologia dos órgãos humanos. A Mayo Clinic tem desenvolvido bioimpressões de pele para estudar doenças cutâneas inflamatórias, como o eczema, sob a liderança da Dra. Saranya Wyles.
A longo prazo, o objetivo é imprimir órgãos e tecidos sob demanda, o que pode aliviar a escassez global de doações de órgãos. No Arizona, a equipa do Dr. David Lott está a desenvolver implantes bioimpressos para a laringe e a traqueia, destinados a substituir partes danificadas ou doentes.
Apesar do seu grande potencial, a bioimpressão 3D enfrenta desafios significativos, como a necessidade de desenvolver redes de vasos capilares e sanguíneos nas estruturas bioimpressas e garantir a integração dos tecidos bioimpressos no corpo humano, evitando rejeições.